O evento, que decorre de 26 a 29 de maio, integra atividades gratuitas abertas ao público, tertúlias, momentos de leitura, mesas redondas e conversas com escritores, sendo o programa completo oportunamente divulgado.

"Esta é mais uma forma de afirmar Coimbra como cidade de literatura e, de forma mais ampla, de reforçar a importância da cultura para o município e o empenho que a Câmara Municipal tem dedicado a esta área estratégica das suas políticas públicas", salienta o presidente da autarquia, Manuel Machado.

O objetivo principal da iniciativa, que decorrerá anualmente com um município internacional convidado para cada edição, "é percorrer as relações múltiplas entre a cidade e a literatura, de acordo com a convicção de Ítalo Calvino: ‘A cidade não conta o seu passado, contém-no como as linhas da mão'".

Geminado com Coimbra, o município galego de Santiago de Compostela foi o escolhido para o ano de lançamento do encontro, que, ao longo dos quatro dias, vai ter um conjunto de atividades gratuitas abertas ao público e uma homenagem aos 40 anos de carreira da escritora Teolinda Gersão.

Segundo a Câmara de Coimbra, participam no I Encontro Literário Internacional "Cidades Invisíveis" os escritores galegos Carlos Quiroga, Teresa Moure Pereiro, Susana Sanchéz Arins e Elias Torres Feijó, e os portugueses Almeida Faria, Teolinda Gersão, Marlene Ferraz, Vasco Pereira da Costa, José Manuel Mendes, entre outros.

Paralelamente ao encontro literário, será promovida, no Convento São Francisco e no âmbito da programação do "Semestre Europeu: a Europa em Coimbra 2021", uma exposição "que pretende valorizar o livro nas suas dimensões materiais, refletindo sobre o lugar que ocupa nas nossas vidas, na cidade, no conhecimento, nos tempos de lazer, na circulação das ideias e na educação".

O programa engloba ainda uma residência literária na Casa da Escrita com o escritor galego Carlos Quiroga, que se vai dedicar a um projeto literário e participar nas atividades regulares da cidade.

"O resultado desta experiência será publicado, posteriormente, numa fórmula editorial especialmente concebida para o evento", refere o comunicado da autarquia de Coimbra.

O I Encontro Literário Internacional "Cidades Invisíveis" é uma das propostas culturais e artísticas que pretende envolver toda a cidade "numa estratégia cultural de longo prazo" e "inspirar novos modos de olhar e refletir sobre a cidade", explica Cristina Robalo Cordeiro, professora da Universidade de Coimbra e membro do Grupo de Trabalho da candidatura a Capital Europeia da Cultura 2027.

Para António Pedro Pita, também docente da mesma instituição e membro do grupo, a iniciativa reforça a “imagem de Coimbra como cidade de literatura" e "cria pontes para chegar aos leitores e leitoras".