Quando se assinalam os 75 anos da coleção no Reino Unido, chegam a Portugal os primeiros títulos, que juntam “autores fundamentais portugueses e estrangeiros, em géneros diversificados, havendo espaço tanto para títulos muito conhecidos dos leitores como para obras inéditas”.

“Lançar a coleção Penguin Clássicos em Portugal é um sonho antigo, desde que em 2014 entrámos no universo Penguin Random House. É uma coleção que teve na sua génese uma ideia revolucionária - a de democratizar a leitura e o acesso às incontestáveis obras universais, derrubando a ideia de que os grandes livros estão reservados a uma elite intelectual”, afirmou, citada em comunicado, a diretora editorial da Penguin Random House em Portugal, Clara Capitão.

Assim, entre os primeiros sete livros a serem publicadas nesta coleção em Portugal encontra-se “Triste Fim de Policarpo Quaresma”, do brasileiro Lima Barreto (1881-1922), com introdução de Lilia Schwarcz e prefácio de Clara Rowland.

Como escreveu o jornal brasileiro Folha de São Paulo quando o editou, na sua coleção de “Grandes Escritores”, “Triste Fim de Policarpo Quaresma” “é uma crítica virulenta aos costumes da pequena burguesia, aos burocratas empedernidos, à hipocrisia da ideologia oficial e à oligarquia que se sagrou no poder durante a República Velha”.

Os demais títulos inaugurais da coleção em Portugal incluem “Um Quarto Só Seu”, de Virginia Woolf, com prefácio de Ana Luísa Amaral, “A Quinta dos Animais”, de George Orwell, “Os Maias”, de Eça de Queirós, com prefácio de Carlos Reis, “A Metamorfose”, de Franz Kafka, prefaciado por Gonçalo Vilas-Boas, “O Livro de Cesário Verde e Outros Poemas”, com prefácio de Paula Mourão, e “Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre os Homens”, de Rosseau, com prefácio de Francisco Louçã.