Os museus, palácios e monumentos regressam aos horários habituais, a partir do próximo sábado, com o levantamento de estado de emergência, confirmaram os serviços do Ministério da Cultura, à agência Lusa.

O novo horário dos museus estender-se-á a equipamentos similares, e acontece em simultâneo com o novo horário limite dos "espetáculos culturais", que passa para as 22h30, a partir do dia 1.º de maio, como anunciou hoje o primeiro-ministro, António Costa, no final da reunião do Governo, que antecipou em dois dias o termo das restrições do estado de emergência.

Os museus, monumentos e palácios nacionais, sob a tutela da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), de uma maneira geral, têm como horário de referência, para encerramento, as 18:00, mas diferentes equipamentos, geridos por diferentes entidades, podem ter diferentes horários, aplicando-se o limite das 22h30.

A nova hora limite aplica-se diariamente, em dias úteis e aos fins de semana, segundo a resolução aprovada hoje em Conselho de Ministros, que declara a situação de calamidade, em todo o território nacional continental, a partir das 00h00 do dia 1 de maio, até ao último minuto do próximo dia 16.

Os novos horários dão continuidade à retoma das atividades culturais empreendida faseadamente, a 15 de março, dia em que puderam reabrir livrarias, lojas de discos, bibliotecas e arquivos.

Seguiram-se, a 5 de abril, os museus, monumentos, palácios, galerias de arte e similares e, a 19 de abril, teatros, salas de espetáculos e cinemas, altura em que também puderam ser retomados "eventos no exterior, sujeitos a aprovação da Direção-Geral da Saúde [DGS]".

A realização de "grande eventos exteriores e interiores" estava prevista para maio, também sujeitos a aprovação e lotação definidas pela DGS.

O primeiro "evento-teste piloto", no contexto de avaliação de grandes espetáculos, está a realizar-se hoje, no espaço exterior do Altice Forum Braga. Trata-se de um espetáculo de comédia, com lugares sentados e marcados, que conta com o comediante Fernando Rocha, acompanhado por João Seabra e Pedro Neves.

O segundo espetáculo, na sexta-feira, sem lugares sentados, contará com o músico Pedro Abrunhosa.

Estes dois espetáculos-teste, no contexto da pandemia, preveem uma lotação máxima de 400 espectadores.

O público é alvo de testes rápidos antigénio, no próprio dia, entre as 10h00 e as 19h00, feitos pela Cruz Vermelha Portuguesa, e só pode aceder ao evento com um resultado negativo.