A mostra “Aquisições 2021-2022. Núcleo de Arte Contemporânea da Câmara Municipal de Lisboa”, decorrerá paralelamente à realização da Feira Internacional de Arte Contemporânea ARCOlisboa, entre quinta-feira e domingo, na Cordoaria, anunciou hoje a organização, em comunicado.
Obras de artistas como Alexandre Estrela, António Júlio Duarte, Beatriz Brum, Claire de Santa Coloma, Diana Policarpo, Diogo Evangelista, Eugénia Mussa, Fernando Brito, Filipa César, Francisco Vidal, Gabriela Albergaria e Hugo Brazão estão entre as adquiridas naquele período, e podem ser vistas na exposição, a inaugurar às 17:30.
O conjunto apresentado corresponde aos dois últimos anos de aquisições e “reafirma a vontade de a CML continuar a constituir e desenvolver a sua coleção, com a perspetiva de, no futuro, integrar outros autores, e ampliar a representatividade dos que a compõem”, sublinha um comunicado das Galerias Municipais, entidade que gere espaços expositivos na capital.
Inês d’Orey, Isabel Carvalho, João Ferro Martins, João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira, Júlia Ventura, Luísa Cunha, Mané Pacheco, Francisco Queimadela, Mónica de Miranda, Paulo Lisboa, Pedro Vaz, Rui Chafes, Susanne Themlitz e Vasco Araújo são outros dos artistas representados nesta exposição.
As obras – algumas não expostas por questões técnicas, de espaço ou por terem sido cedidas a outras exposições – foram selecionadas naquele biénio por uma comissão constituída pelos curadores Isabel Carlos, Miguel von Hafe Pérez, Sérgio Mah, Joana Sousa Monteiro (Museu de Lisboa) e Sara Antónia Matos (Atelier-Museu Júlio Pomar).
O conjunto está organizado “por afinidades estéticas e também por relações que procuram ter em conta as qualidades do espaço”, tal como nas exposições anteriormente realizadas, em 2018, no Torreão Nascente da Cordoaria Nacional e, em 2021, no Atelier-Museu Júlio Pomar.
O Fundo de Aquisições de Arte Contemporânea da CML foi iniciado em 2016 com o objetivo de valorizar os acervos do município e as possibilidades de exposição nos seus equipamentos de arte contemporânea, contando atualmente com 150 obras de 110 artistas, indicou fonte das Galerias Municipais contactada pela agência Lusa.
Esta nova mostra tem como objetivo “voltar a dar a conhecer a diversidade e coexistência de temáticas e explorações variadas da arte contemporânea portuguesa, convocando os visitantes para uma relação direta” com as obras recentemente adquiridas para o Núcleo de Arte Contemporânea da Câmara Municipal de Lisboa, sublinha ainda o comunicado.
A criação e reforço das aquisições, segundo a entidade, visa “o apoio ao tecido artístico contemporâneo, e um incentivo ao colecionismo, público e privado”.
“Construir coleções, de propriedade pública ou privada, é um compromisso que as entidades tecem com a história da arte e com os seus autores, possibilitando dar a conhecer às gerações presentes e vindouras o contacto com os fundamentos das suas raízes culturais, as opções, preocupações e transformações estéticas, políticas e sociais”, sustenta.
Recorda também o trabalho que antecede a apresentação das exposições organizadas pelas Galerias Municipais de catalogar, cuidar, conservar, estudar, sistematizar as obras, “todo um conjunto de tarefas cujo ónus, muitas vezes esquecido, cabe às instituições, e que aqui ficou ao cuidado do Museu de Lisboa/EGEAC” (Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural).
As escolhas das obras, por várias comissões de curadores, estiveram relacionadas com as diferentes disciplinas artísticas, géneros e gerações, o percurso dos autores “mais ou menos notório, a necessidade de estímulo consoante as fases de produção em que se encontravam, bem como a diversidade de galerias que os representavam”.
A 6.ª edição da Feira Internacional de Arte Contemporânea ARCOlisboa inaugura na quinta-feira para profissionais e abre ao público em geral na sexta-feira, encerrando no domingo, às 18h00.
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