A ação, apresentada ao Tribunal Superior de Los Angeles, afirma que o médico Robert Koblin receitou substâncias controladas "de forma negligente e repetida" que alteraram a mente do cantor, em particular 940 doses do medicamento contra a ansiedade Lorazepam, também conhecido por Ativan, entre 2015 e até à sua morte, em 2017.

O processo, apresentado em nome da viúva de Cornell, Vicky Cornell, e dos seus dois filhos alega que durante este período Koblin continuou a receitar drogas para o cantor sem o ter examinado.

"Em nenhum momento durante este período o doutor Koblin realizou qualquer exame médico a Cornell, pediu exames de laboratório, obteve um histórico médico, realizou qualquer tipo de avaliação clínica ou sequer manteve contacto físico com o senhor Cornell".

A ação afirma que as drogas "afetaram a cognição do senhor Cornell, prejudicaram o seu julgamento e levaram-no a comportamentos perigosos e impulsivos que não foi capaz de controlar e que lhe custaram a vida".

"No momento da sua morte, o senhor Cornell tinha tudo para viver e estava a planear um futuro de gravações, atuações e trabalho como ativista de caridade", destaca a ação.

Cornell, que lutava contra as drogas e a depressão, foi encontrado morto a 18 de maio de 2017 num hotel de Detroit, após tocar com sua banda principal, Soundgarden. Tinha 52 anos.

A sua morte foi declarada como suicídio por enforcamento.