De acordo com a apresentação do festival, este sistema tem por "objetivo proporcionar uma experiência única a quem visita o espaço cultural", ao permitir uma experiência imersiva, no som, que provém de todas as direções.

Dois concertos, com obras concebidas especialmente para este novo sistema, assinadas por sete compositores, uma instalação sonora e duas exposições constituem a programação do festival.

Um concerto de música eletroacústica, com obras dos compositores Marta Domingues, Hugo Vasco Reis e Jaime Reis abre a programação, no dia 19 de fevereiro.

No dia seguinte, o Lisboa Incomum recebe um concerto de ‘videomusic’ com curadoria do compositor João Pedro Oliveira, professor na Universidade de Santa Barbara, Califórnia. Este concerto conta com obras de Jorge Sad Levi e Pablo Magne, Denis Miller, Chikashi Miyama e do próprio João Pedro Oliveira.

Durante os dois dias do festival, estará ainda em exibição permanente a instalação sonora “Lugares Invisíveis”, de Carlos Caires, “um espaço interativo em que o participante utiliza a mão para despertar e manipular um sistema sonoro multicanal, em diálogo com uma componente imagética”.

Segundo a apresentação do programa, “as paisagens sonoras e visuais” desta instalação “impelem à reflexão sobre o meio ambiente, diferentes níveis de poluição e à relação [humana] com o planeta”.

O Festival Imersivo inclui ainda a exposição “Suitcase 11”, projeto que congrega “obras de arte que circulam numa ‘Mala de Viagem’", através de "vários festivais de arte na Europa”, com o objetivo de promover os seus criadores.

A curadoria deste projeto é feita pelo artista visual Francisco Barahona.

Esta ‘Mala’ viajou do centro de arte contemporânea EXIT11 em Grand-Leez, na Bélgica, para o ARTIS 2021 - Festival de Artes e Ideias de Seia, organizado pela Associação de Arte e Imagem desta cidade, no distrito da Guarda, no passado mês de maio.

No final de julho, a mala chegou à Moitamostra, organizada pelo Grupo Experimental de Intervenção Cultural, em Castro Daire, no distrito de Viseu, e, em outubro, foi a vez da Escola de Artes da Universidade de Évora, durante o Festival de Música Contemporânea.

As duas exposições podem ser visitadas ao longo do Festival, entre as 15h00 e as 19h00, dos dias 19 e 20 deste mês.

Os dois concertos têm início às 19h30.

O espaço Lisboa Incomum foi fundado em 2017 pelo compositor Jaime Reis, também professor de Composição e Música Electroacústica na Escola Superior de Música de Lisboa, que assume a sua direção artística.

Situado na Rua General Leman, no Bairro do Rego, o espaço Lisboa Incomum “opera como plataforma transdisciplinar para experimentalismo e criações musicais, investigação e educação, e acolhe regularmente o Festival Dias da Música Eletroacústica”, como se pode ler no seu site, que conclui: “O cerne da sua produção prende-se com práticas artísticas e musicais incomuns, abertas à comunidade”.