“Este é um festival que pretende tirar os artistas das suas zonas de conforto e fazê-los dialogar, juntando o som e o risco - o audiovisual – criando momentos únicos e inexplicáveis”, disse à agência Lusa a diretora municipal da Câmara de Loulé, Dália Paulo.

A responsável sublinhou que “o grande mote” do Som Riscado são “as encomendas e a formação”, num festival “para toda a família” e que permite “viver a cidade”, já que se espalha por “vários espaços culturais” de Loulé.

Inicialmente marcada para o mês de março, esta 5.ª edição teve de ser adaptada às restrições pandémicas, num concelho que está “isolado”, no meio de outros municípios incluídos na lista de risco, como os vizinhos Faro e Albufeira.

“Alterámos os horários para que as pessoas possam ir mais cedo para casa, e também o ritmo de quatro concertos por noite, para podermos garantir a higienização dos espaços e para que as pessoas se sintam seguras”, frisou.

Com uma programação “mais espaçada” e horários de “final de dia”, mais habituais “noutros países”, Dália Paula defendeu que é importante “continuar a viver a cultura” dentro das normas de segurança.

Na programação, a cantora Surma é um dos destaques, com atuação marcada para sábado, às 20h30, no Cineteatro Louletano. Surma deverá incluir alguns “temas do novo disco” e será acompanhada por Camille Leon & Inês Barracha.

Na quinta-feira, o mesmo palco recebe o encontro inédito entre Victor Gama, a harpista Salomé Pais Matos e um ensemble da Orquestra Clássica do Sul, dirigido pelo maestro Rui Pinheiro.

Sexta-feira, a dupla de guitarristas Frankie Chavez & Peixe apresenta o projeto Miramar, às 19h00, e, no domingo, é a vez de Joana Gama, Luís Fernandes e Drumming Grupo de Percussão subirem ao palco, às 18h00, acompanhados pelo artista visual Pedro Maia.

Também na sexta, às 20h30, Grafonola Voadora & Napoleão Mira estreiam o novo disco “Lugar Nenhum” e, no sábado, Boris Chimp 504 apresenta uma 'performance' multimédia, ao vivo, com “Vanishing Quasars”.

Estão ainda previstas oficinas e atuações multidisciplinares integradas em instalações interativas, quer dirigidas à comunidade escolar quer ao público em geral e famílias, na Escola Secundária de Loulé, no Palácio Gama Lobo, no Convento de Santo António e no Auditório do Solar da Música Nova.

Para quinta-feira, dia zero do festival, está marcado um debate, no Gato Maltês (Café Calcinha), às 18h30, moderado pelo crítico musical Rui Miguel Abreu (autor do programa de rádio “Rimas e Batidas”), que junta diversos artistas participantes na edição deste ano.

A programação completa pode ser conhecida na página do Cineteatro Louletano e os bilhetes para os concertos pagos - existem vários gratuitos -, encontram-se à venda no Cineteatro e no Auditório do Solar da Música Nova e em lojas virtuais.