Em declarações à Lusa, a propósito da nova ferramenta, que tem lançamento previsto para setembro, um dos responsáveis culturais da autarquia, Paulo Silva, explicou que a nova plataforma já estava a ser preparada e que a atual situação de pandemia "apenas veio acelerar" o projeto.

A nova plataforma digital vai disponibilizar espetáculos já gravados, nas áreas de teatro, dança e música, e, segundo Paulo Silva, pretende funcionar também como "apresentação para os próprios artistas" se promoverem.

"Estamos a gravar espetáculos já neste período pós-confinamento, desde abril. Já temos 15 espetáculos gravados, de música, teatro, visitas guiadas. É uma plataforma onde queremos que estejam estes conteúdos, e que continue essa gravação além deste período de pandemia e que vai também substituir a nossa antiga agenda cultural, funcionando como ‘site’ e ‘book' dos artistas que podem usar este conteúdo para se promoverem", descreveu.

Segundo o responsável, este era um projeto que já estava a ser desenvolvido pela autarquia: "A pandemia obrigou a uma aceleração, essencialmente. Do ponto de vista do design, por exemplo já estava pronto. Fizemos alterações, por exemplo, a possibilidade de fazer diretos, que vimos que era essencial, e disponibilizar mais conteúdos".

A plataforma tem ainda outra mais-valia, segundo Paulo Silva: "É uma oportunidade de manter os artistas a trabalhar, bem como as várias empresas ligadas ao setor do audiovisual, que têm estado a fazer as gravações e a serem pagas por isso".

Para o executivo vimaranense, explicou, "o município tem responsabilidades na manutenção da atividade cultural", apontando que "Guimarães há 20 anos que aposta" no setor.

"Neste período, fomos chamados a uma responsabilidade acrescida, porque é mais difícil aos promotores privados manter essa atividade. Está nos municípios essa responsabilidade, que têm ainda a capacidade de mostrar como se pode cumprir com todas as normas da Direção-Geral da Saúde para continuar com esta atividade", referiu.

O responsável salientou ainda que este período veio mostrar que a autarquia estava já munida de ferramentas para apoiar o tecido cultural e que "desde logo" tomou mais medidas.

"Começámos logo com o pagamento aos artistas, mapeamento do setor cultural, realização de questionários às associações culturais e a gravação de espetáculos. O que percebemos é que há muitos artistas e técnicos que já trabalham ou com a autarquia ou a partir de Guimarães", disse.

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