“Serão cerca de 30 propostas e mais de 40 artistas que, entre 28 e 30 de março, ocuparão o Maus Hábitos, Cinema Passos Manuel, Ateneu Comercial e Reitoria da Universidade do Porto - Biblioteca do Fundo Antigo”, refere a organização num comunicado hoje divulgado.
A segunda edição do festival, que decorre sob o título “Inteligência Natural, o que as Inteligências Artificiais (IA) ainda não podem fazer?”, pretende “questionar as convergências e divergências entre Inteligência Natural e Inteligência Artificial (IA)”.
“Numa época em que se especula intensamente sobre as capacidades das IA criarem, Maus Hábitos e Saco Azul convidam artistas e pensadores a questionarem o que é realmente específico do vivo. Integrando eventos que vão da música à performance, do pensamento às artes visuais e new media, o Festival assinala ainda uma programação especial de celebração dos 18 anos do Maus Hábitos”, lê-se no comunicado.
A programação musical do festival inclui Tim Hecker, Elizabeth Brown, Proc Fiskal, Ricardo Dias, a cantora lírica Magna Ferreira, Yannick Hofmann, Stereoboy e BLEID.
As artes visuais e new media irão ocupar todo o espaço do Maus Hábitos, com “um conjunto de propostas que respondem a dois eixos programáticos: a memória do Maus Hábitos e o tema geral do festival".
O primeiro eixo inclui, entre outros, “o projeto Picture Generation, que revela pela primeira vez o arquivo fotográfico de 18 anos do espaço” e “múltiplas reinterpretações inéditas em formato de vídeo-instalações com o projeto Arquivo Mau(s) que resulta de um workshop com os associados da Saco Azul e os artistas multimédia do grupo Openfield Creativelab.
O segundo eixo “reúne propostas de diversos artistas sobre o tema geral do festival, numa vontade de ultrapassar uma oposição simplista entre natureza livre e criativa de um lado, e máquinas ou instituições alienantes do outro”, e inclui obras de artistas como Justine Emard, Pedro Bandeira & 18:25, Catarina Rangel Pereira e Inês Castanheira.
O programa de Performances inclui atuações de Pedro Prazeres, Dasniya Sommer, Yuko Kominami e Jung in Jung.
O Vivarium integra ainda duas conferências: E—X—S—I - Encontro Expressões entre o Som e a Imagem e Criar conceitos - Seguir regras: Um diálogo improvável entre Deleuze e Wittgenstein, com participações de Charles Travis, Jean-Claude Dumoncel, Catarina Pombo, João Ribas, Francisco Santos e moderação de Sofia Miguens.
Da programação do festival faz ainda parte o workshop Enraizar para Virtualizar, “uma oportunidade para os participantes dançarem com avatares e que culmina numa Performance Participativa em Realidade Mista”.
A primeira edição do Vivarium realizou-se no ano passado com o objetivo de discutir a relação entre a cultura humana e a cibernética, através de 'performances', conversas, exposições e música.
Na altura, a curadora Marianne Baillot explicou à Lusa que o Vivarium, a acontecer de forma anual, vai ser dotado de uma “abordagem multidisciplinar” que pretende que o evento vá além das artes visuais e se foque no lugar do corpo no contexto da sociedade atual.
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