A exposição temporária, que estará patente até 5 de maio de 2024, dá palco àquela “que será a mais abrangente seleção de cerâmica de autor do século XX alguma vez apresentada em Portugal”, a partir da coleção Pedro Moura Carvalho, revelou hoje o Museu do Caramulo, no concelho de Tondela.

Segundo a nota de imprensa enviada à agência Lusa, a exposição tem como objetivo dar, pela primeira vez, uma visão geral da produção nacional, trazendo para a esfera pública o que ainda hoje permanece largamente desconhecido.

A grande maioria das peças nunca tinha sido exposta, estando incluídas na exposição obras de arte nova, arte déco e inspiradas em movimentos artísticos, como o surrealismo, brutalismo e o abstracionismo, nomeadamente o geométrico e o figurativo.

“Para além de núcleos inevitáveis, como os dedicados à chamada louça das Caldas, com exemplares de Rafael Bordalo Pinheiro e Costa Mota Sobrinho, e ao artesanato com peças de Rosa Ramalho e Mistério, inclui outros menos usuais, como o dedicado aos escultores, nomeadamente Diogo de Macedo e Teixeira Lopes, que também empregaram argilas para a realização de estudos e obras”.

Ceramistas como Jorge Barradas, Querubim Lapa, Manuela Madureira e Luís Ferreira da Silva estão na exposição, assim como obras de “alguns dos mais notáveis artistas plásticos nacionais”, como é o caso de Alice Jorge, António Quadros, Canto da Maya, Victor Palla, António Pedro, Francisco Relógio, Júlio Resende, Rogério Ribeiro e Jorge Vieira, salientou o Museu do Caramulo.

A exposição também se associa às comemorações dos 50 anos da morte do pintor Pablo Picasso, com um pequeno núcleo de peças “que revelam a contínua influência do genial criador em obras de períodos posteriores, já que o catalão revolucionou a história da arte também ao nível da cerâmica”.

Segundo o Museu do Caramulo, Pedro Moura Carvalho, que comissariou exposições em diferentes pontos do mundo, coleciona cerâmica e vidro português há mais de duas décadas, sendo autor do catálogo que acompanha a exposição.