Mais de 45 artistas em 14 espaços da cidade portuense. Escolher o que ver não é fácil e é preciso acelerar o passo para conseguir garantir entrada em alguns dos locais mais pequenos. Mas ir à descoberta e encontrar novos sons é a essência do NOS em D'Bandada ou, como muitos lhe chamam, o S. João da música.

O parque de estacionamento Silo-Auto foi uma das novidade desta edição, apresentando-se como “o grande espaço musical”, sendo que a avenida dos Aliados desapareceu da lista de espaços.

A meio da tarde, Miguel Araújo subiu ao palco do Silo-Auto, para apresentar “canções que fez para outros artistas”, como Ana Moura, António Zambujo e Carminho. Como seria de esperar, o cantor conseguiu lotar o espaço, embalando o público  que se preparava para partir à descoberta do NOS em D'Bandada.

Durante toda a tarde, os concertos multiplicaram-se pelo Maus Hábitos, Café Au Lait e Ateneu, com Surma, The Sunflowers, The Miami Flu e Cachupa Psicadélica a garantirem o aquecimento dos festivaleiros.

À noite, o chamamento: "Mariquinhas vem comigo pró Porto".  Bonga foi o rei da noite e  transformou o Coliseu do Porto numa grande pista de dança, com a  festa fazer-se ao som de música africana. O cantor de 74 anos juntou dentro da sala de espetáculos tanto público quanto ficaria à porta, o que suscitou várias queixas que sugeriam que o artista deveria ter atuado nos Aliados.

Já na praça dos Poveiros , o hip-hop voltou a reinar. Os Orelha Negra foram os grandes protagonistas da noite, celebrando da melhor forma a edição de 2016 do NOS em D'Bandada.

Depois da meia-noite, o ator Nuno Lopes, distinguido no Festival Internacional de Cinema de Veneza com o Prémio Especial de Melhor Ator, vestiu a pele de DJ e animou a Cândido dos Reis.

No NOS em D'Bandada a festa prolongou-se pela noite fora, em todos os cantos da cidade. É uma verdadeira festa, com as ruas quase tão cheias como no S. João, onde os mais festivaleiros convivem com os turistas e habitantes que se cruzam por acaso com os concertos e se deixam levar pelo espírito.