Pelo quarto ano consecutivo, o NOS Primavera Sound estende a sua programação ao centro do Porto. Para os festivaleiros que quiserem entrar mais cedo no espírito e no ritmo, estão agendados vários concertos para esta quarta-feira à noite.

O Hard Club abre as suas portas para receber na Sala 1 Las Bistecs, Jessy Lanza, Shura e The Black Madonna e, na Sala 2, LINCE, Juana na rap e MVRIA. Já o Café Au Lait inicia a sua programação com DJ Lynce e continua com O Gringo Sou Eu e Hugo Capablanca. O Maus Hábitos irá receber Brutus, Mueran Humanos, DJ Nuno Lopes e La Flama Banca DJ set.

A noite segue em modo electrónico no Plano B com a presença de Surma e Borusiade na Sala Principal, Rui Maia e Moscoman em formato DJ set na Sala Cubo e ainda a actuação de UN0 na Galeria.

No Passos Manuel ganham destaque os ambientes visuais, com performances de Boris Chimp 504 e The Suicide of Western Culture, no Auditório, e DJ Kitten a tomar conta da Pista.

A entrada em todos os espaços é exclusiva a portadores de passe geral, que devem efectuar a troca por pulseira e cartão de acesso no Hard Club, entre as 15h e as 00h.

No Parque da Cidade do Porto, o NOS Primavera Sound arranca na tarde de quinta-feira, 8 de junho. Justice, Cigarettes After Sex, Aphex Twin, Bon Iver, Skepta, Swans, Shellac, Run The Jewels, Metronomy, Richie Hawtin e Angel Olsen são alguns dos cabeças de cartaz da edição de 2017. Arab Strap, Japandroids, Elza Soares, Whitney, The Growlers, Samuel Úria e Evols também vão passar pelo festival que decorre até sábado, 10 de junho.

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"Quisemos arriscar mais um bocadito"

Em entrevista à Lusa , o diretor do evento, José Barreiro, não hesita em dizer que os grandes destaques são os franceses Justice, que fecham o cartaz da primeira noite, na quinta-feira, Bon Iver, porque é um dos "produtores mais conceituado da música internacional" e leva ao concerto novo disco na noite de sexta-feira, e Aphex Twin na noite de sábado, por ser um “artista de culto da música eletrónica”.

José Barreiro define, assim, esta edição como um “caldeirão perfeito” para “três dias de grandes concertos” de “grande emoção”.

Para concluir os três dias de festival, José Barreiro avisa, todavia, que todos os artistas têm uma “igual importância no cartaz”, enumerando, por exemplo, Run The Jewels, Miguel, Flying Lotus, Make-Up, Against Me ou Angel Olsen.

Questionado sobre ter dito que o cartaz de 2017 era “menos comercial" e, por isso, uma "aposta de risco”, José Barreiro explicou que as escolhas foram “um risco”, mas um “risco calculado”, porque sabem que o público é “fiel ao conceito Primavera Sound” e porque sabem que as pessoas "querem ver espetáculos que normalmente não veem noutros festivais".

“O risco deste ano foi mais no sentido de mais hip-hop, mais R&B, mais atualidade (…) e não concertos mais tradicionais, mais de guitarra, que também temos, porque faz parte do ADN Primavera, mas quisemos arriscar mais um bocadito” e a resposta do público foi “fabulosa”, declarou.