O grupo liderado pela cantora e liricista de apenas 19 anos atuou no sábado no NOS Primavera Sound, com Jordan a confessar estar “entusiasmada por poder tocar uma hora”.

A atuação incidiu sobretudo em material saído de “Lush”, disco de estreia editado em 2018 -- bem recebido por crítica e público --, até porque a música confessa ter “receio de que as pessoas comecem logo a gravar”, para publicar nas redes sociais.

Depois de um primeiro disco marcante, a mulher por detrás de Snail Mail afirma que gostava “de pensar que não há pressão” para lançar mais música, “mas há”.

“É algo inevitável, e as pessoas vão odiar ou amar o que vou fazer a seguir, e não posso impressionar toda a gente. O meu foco está em fazer algo de que me possa orgulhar”, atira.

A banda tem já “um conjunto de canções novas”, e Jordan vê nelas “uma instrumentação mais diversa, uma escrita que melhorou definitivamente e uma produção muito diferente”, num momento em que ainda são vistos como “a nova banda”, entre público, crítica e outros músicos.

“Eles não querem que falhemos. As bandas, por exemplo, são sempre muito fixes connosco. A pressão está mais no facto de que vamos passar esta idade, e depois vai surgir outra banda com que o pessoal tenha mais expectativa”, comenta.

Depois de um disco marcado pelo ‘grunge’ e outras influências do rock dos anos 1990, a marca da vocalista e líder dos Snail Mail vai continuar no grupo, até porque é ela quem escreve as letras, cria os instrumentais e até apoia na definição de aspetos como a percussão.

Nessa “viagem pessoal” aliada a “uma boa equipa”, acompanham-na os músicos de sempre, depois de terem começado na escola.

“Toda a gente se tornou tão boa", disse à Lusa. "Começámos numa cena tão pequena, éramos estudantes de ensino secundário e ninguém era muito bom. Agora crescemos juntos”, rematou.

Aos 19 anos, Lindsey Jordan confessa ter “muito a aprender com outros produtores e compositores”, e por isso está “interessada em colaborações”, mesmo que seja “uma pessoa que trabalha bem sozinha”.

“Ouço muito pop, hip e r’n’b, e isso é algo que nunca achei que conseguisse fazer. (...) Tenho tido muitas influências, sobretudo na forma como se fazem as coisas", disse Lindsay Jordan à Lusa.

Entre estas, cita a cantora, compositora e guitarrista Liz Phair, que se destacou na música 'indie' norte-americana, em 1992, com o álbum de estreia "Exile in Guyville": "Tem sempre bons conselhos para mim", garantiu à Lusa.

"Adoro falar [também] com músicos da minha idade, e toda a gente é diferente nas suas estratégias”, concluiu Lindsay Jordan.

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