“Ainda antes de ter um logótipo ou um número de telefone, o TBA começou 'online'. Ao longo deste último ano, procurámos contar a história deste novo teatro municipal de Lisboa através de fotografias, vídeos, peças sonoras e conferências. Hoje, porque é Dia Mundial do Teatro, recordamos todos os projetos do TBA que estão disponíveis 'online'”, refere o teatro em comunicado.

Esta programação é diversa, mas essencialmente baseada em conversas ou conferências gravadas e disponíveis em formato de podcast ou vídeo no YouTube, sobre teatro, música, experimentalismo e artes performativas.

Um dos programas disponíveis chama-se “Histórias do Experimental” e consiste numa série de conversas que, previsivelmente, ao longo de 2020 e 2021, vão dar a conhecer estudos singulares sobre episódios-chave do experimentalismo nas artes performativas entre a década de 1960 e hoje.

Para já, estão disponíveis as duas primeiras sessões no YouTube: na primeira, o professor de estudos de performance Mike Pearson fala sobre Mickery Theatre e como as suas condições e a própria arquitetura do edifício motivaram novas abordagens performativas pelas companhias; enquanto a segunda traz Giulia Palladini, especialista em Drama, Teatro e Performance, para falar do seu livro “The Scene of the Foreplay”, sobre a cena experimental nova-iorquina da década de 1960.

“Dito e feito” é outra proposta online do TBA, um programa de podcast lançado em 2019, de periodicidade e formato irregular, “em que falar é uma forma de fazer, e vice-versa”.

Começou com três encomendas a artistas portugueses para criarem peças curtas sobre um teatro vazio e evoluiu para um espaço para conversa, para performance e para música, que conta com a participação, entre outros, da coreografa e dramaturga Lígia Soares, a artista visual e compositora Diana Policarpo, o artista performativo italiano Alessandro Sciarroni, o dramaturgo e encenador argentino Federico León, ou o filósofo, escritor e agitador cultural italiano Franco “Bifo” Berardi.

“(Quase) TBA”, programa de pré-abertura do TBA, que decorreu nos meses de verão do ano passado, é outra das ofertas culturais disponíveis online, composta por “sete propostas intimistas” que foram apresentadas em espaços na vizinhança do TBA.

Disponíveis também no YouTube, os episódios deste programa incluem o músico norte-americano Ian Nagoski a contar histórias dos seus discos do Médio Oriente, o artista e escritor sediado em Inglaterra Augusto Corrieri a falar da sua investigação sobre teatros vazios, e a arquiteta Joana Braga a conversar sobre Lisboa com várias convidadas.

O programa mais antigo nasceu em 2018, quando o TBA não tinha ainda número de telefone ou data de abertura marcada, mas já começava online.

Nessa altura, inaugurou as suas redes sociais, começou a mostrar o TBA passo a passo, André Cepeda fotografou o espaço vazio e a equipa do TBA juntou-se aos videastas Sara Morais e Pedro Gancho para criar três vídeos sobre o teatro.

Esse conjunto de vídeos e fotos encontram-se disponíveis tanto no portal do próprio teatro como no YouTube.

No dia 10 de março, a Câmara Municipal de Lisboa anunciou o encerramento dos museus e teatros municipais (São Luiz, LuCa e TBA), bem como a suspensão das atividades desportivas promovidas pelo município em recinto fechado, pelo menos até dia 3 de abril, no âmbito de um conjunto de "medidas temporárias para reduzir riscos de exposição e contágio" da COVID-19.

Este novo Teatro do Bairro Alto – virado para o experimentalismo - reabrira no dia 11 de outubro de 2019, depois de meses de obras, no espaço anteriormente pertencente ao Teatro da Cornucópia, que estava fechado desde 2016.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da COVID-19, já infetou cerca de 540 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 25 mil.

Portugal, onde se registam até ao momento 76 mortes e 4.268 infeções confirmadas, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 2 de abril.

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