“Não a pude ver antes por causa da pandemia”, explicou aos jornalistas no final da visita, no qual foi acompanhado com o filho da artista portuguesa, Nick Willing, e a programadora da exposição, Elena Crippa.

Aberta desde 7 de julho, a exposição encerra no domingo, tendo o museu alargado o horário de visita aos fins de semana devido à enorme procura, que esgotou os bilhetes de acesso.

A ministra da Cultura, Graça Fonseca, tem, por sua vez, prevista uma deslocação no sábado para visitar a exposição, que é a maior e mais completa de Paula Rego no Reino Unido, incluindo pintura, colagens, esculturas, desenhos, gravuras e pastéis de grande dimensão.

Os trabalhos em exposição vão desde os primeiros, dos anos de 1950, onde são visíveis referências ao regime ditatorial de António Salazar, até alguns mais recentes nos quais aborda questões sociais, como o aborto e a mutilação genital.

Além do contexto político e social, a obra de Paula Rego também reflete as suas experiências pessoais, nomeadamente da sua infância, da relação intensa com o marido, o artista britânico Victor Willing (1928-1988), que morreu de esclerose múltipla, e da própria luta com a depressão.

“Eu acho que é uma exposição irrepetível”, afirmou o Presidente, referindo que a exposição inclui obras importantes de coleções muito diversas, obras muitas delas nunca vistas em público.

"Os colecionadores não as mostram, não estão em museus, são colecionadores privados”, explicou.

“Eu penso, conhecendo bem a obra de Paula Rego, tendo acompanhado bem aquilo que foi feito lá em Portugal sobre a obra de Paula Rego, que esta exposição é única, é verdadeiramente única”, afirmou.

A exposição segue para o museu Kunstmuseum Den Haag em Haia, nos Países Baixos, onde estará entre 28 de novembro e 20 de março de 2022, e depois para o Museo Picasso Málaga, em Espanha, de 26 de abril a 21 de agosto de 2022.

"É a grande ocasião de nós a vermos, em Espanha. Vamos ver se irá ou não a Portugal, e quando”, acrescentou.

Nascida em Lisboa, em 1935, Paula Rego deixou Portugal ainda adolescente, e fez estudos na Slade School of Art, tornando-se na única artista mulher do grupo da Escola de Londres, distinguindo-se por uma obra fortemente figurativa e literária, considerada incisiva e singular pela crítica de arte.

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