Um jornalista da Agência France Presse viu Veronika Nikoulchina, Olga Kouratcheva e Olga Pakhtoussova a celebrarem a libertação, minutos antes de terem sido forçadas a entrar numa viatura da polícia, sem que as autoridades policiais tenham prestado qualquer explicação à imprensa.

Um quarto membro, o porta-voz da banda Piotr Versilov, que fora libertado de outro centro de detenção em Moscovo, colocou um comentário na sua rede social Twitter a dizer que tinha sido detido pela polícia de choque, e conduzido às proximidades do estádio Loujniki, para onde o grupo fora levado após os incidentes registados no jogo França-Croácia.

"Eles (a polícia) informaram-nos que nos vão deter durante a noite", acrescentava o comentário de Piotr Versilov no Twitter.

Por seu turno, Olga Pakhtoussova colocou na sua página do Twitter um vídeo captado no interior do veículo policial. No vídeo, a ativista refere que as autoridades os acusam de terem infringido a lei de manifestações públicas, sem darem pormenores.

Em 23 de julho, um tribunal negou provimento aos recursos dos quatro ativistas, que foram detidos a 15 de julho, em Moscovo, quando, vestidos de polícias, invadiram o campo onde se disputava a final do campeonato do mundo de futebol.

Os quatro ativistas foram considerados culpados de terem violado "de forma grosseira" as regras de comportamento dos espetadores pelo que foram sentenciados a 15 dias de prisão e proibidos de participarem em eventos desportivos durante três anos.

O incidente ocorreu ao minuto 53 da partida, em frente ao Presidente russo, Vladimir Putin, e aos seus homólogos francês e croata, Emmanuel Macron e Kolinda Grabar-Kitarovic, respetivamente.

O grupo russo Pussy Riot responsabilizou-se pelo incidente, tendo igualmente difundido uma lista com seis exigências, entre as quais a libertação dos presos políticos na Rússia, o fim das prisões durante as manifestações pacíficas e a autorização de competição política na Rússia.

A ação mais conhecida das Pussy Riot remonta a fevereiro de 2012 quando, numa catedral de Moscovo, cantaram uma oração 'punk' contra Vladimir Putin.

Em agosto de 2012, três membros do grupo foram condenados devido a "vandalismo motivado pelo ódio religioso".

Ekaterina Samutsevich foi libertada em outubro de 2012, enquanto Nadejda Tolokonnikova e Maria Alekhina cumpriram 22 meses de sentença de prisão.

A 17 de agosto, as Pussy Riot marcam presença na edição deste ano do Festival Paredes de Coura. Fonte da Organização do Festival disse à agência Lusa estar confirmada a presença de Nadya Tolokno no certame.

"Não virá sozinha, mas não sabemos quem a acompanhará", precisou à Lusa a mesma fonte.

As Pussy Riot também estão anunciadas para o festival Fringe, que se realiza em Edimburgo, de 03 a 27 de agosto. Maria Alekhina é esperada igualmente para a festa do livro da cidade escocesa, que tem início a 11 de agosto. A ativista russa deverá participar num encontro com o antigo ministro grego das Finanças Yanis Varoufakis.

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