O júri do Prémio anunciou hoje, Dia Internacional da Mulher, os 16 romances escolhidos, a partir de 175 submissões, para constarem da ‘longlist’ deste prémio que distingue anualmente a melhor obra de ficção escrita por mulheres.
“Após uma discussão animada e apaixonada, as minhas colegas do júri ficaram encantadas por descobrir que os nossos 16 romances favoritos eram incrivelmente diversos, escritos por mulheres de todas as idades, de todo o mundo, cobrindo diferentes géneros, e de editoras grandes e pequenas”, disse Mary Ann Sieghart, presidente do júri.
A lista de 16 semifinalistas é composta por cinco autoras britânicas, seis americanas, duas neozelandesas, uma turca-britânica, uma americana-canadiana, e uma escritora de Trinidad e Tobago.
Entre os nomeados, há cinco romances que marcam a estreia dos seus autores: “Build Your House Around My Body”, de Violet Kupersmith, “Careless”, de Kirsty Capes, “The Final Revival of Opal & Nev”, de Dawnie Walton, “The Bread the Devil Knead”, de Lisa Allen-Agostini, e “The Paper Palace”, de Miranda Cowley Heller.
Estas autores estreantes concorrem lado a lado com antigas nomeadas para este prémio literário, como é o caso de Elif Shafak (que este ano concorre com “The Island of Missing Teres”), Leone Ross (“This One Sky Day”), Catherine Chidgey (“Remote Sympathy”), Rachel Elliott (“Flamingo”) e Charlotte Mendelson (“The Exhibitionist”).
Entre os finalistas deste ano, encontra-se também o romance “Great Circle”, de Maggie Shipstead, que chegou à ‘shortlist’ do Prémio Booker do ano passado.
As restantes obras nomeadas para o Women’s Prize for Fiction deste ano são “Creatures of Passage”, de Morowa Yejidé, “Salt Lick”, de Lulu Allison, “Sorrow and Bliss”, de Meg Mason, “The Book of Form and Emptiness”, de Ruth Ozeki, e “The Sentence”, de Louise Erdrich.
A lista com as seis finalistas será divulgada no dia 27 de abril e a vencedora do prémio será conhecida no dia 15 de junho.
Além de Mary Ann Sieghart, fizeram ainda parte do painel de jurados a jornalista e editora premiada Lorraine Candy, a romancista e jornalista Dorothy Koomson, a autora e jornalista literária premiada Anita Sethi, e a jornalista, emissora e autora Pandora Sykes.
No ano passado, o prémio foi atribuído ao romance “Piranesi”, de Susanna Clarke, entretanto editado em Portugal pela Casa das Letras.
Dirigido pela romancista Kate Mosse, o Women's Prize for Fiction tem por objetivo reconhecer a ficção escrita por mulheres em todo o mundo.
Criado em 1992, em Londres, capital britânica, por um grupo de homens e mulheres jornalistas, críticos, agentes, editores, bibliotecários e livreiros, o prémio foi uma resposta ao facto de, no ano anterior, a lista de finalistas do prestigiado prémio literário Booker não ter incluído uma única mulher.
Em 1992, apenas dez por cento das finalistas ao Booker Prize tinham sido mulheres.
A residência ou o país de origem não são critérios de elegibilidade para o Women's Prize for Fiction, que celebra a criatividade feminina.
A vencedora recebe um prémio monetário no valor de 30 mil libras (perto de 33 mil euros).
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