Um porta-voz afirmou que o diretor da Amazon Studios, Roy Price, recebeu uma "licença efectiva imediatamente". A medida foi adoptada depois de Isa Hackett, produtora de "The Man in the High Castle", uma das principais séries de TV da Amazon, ter revelado à revista The Hollywood Reporter que o executivo fez várias propostas sexuais em julho de 2015.
Hackett, filha do escritor Philip K. Dick, autor da história adaptada na série, afirmou que Price, de 51 anos, fez insinuações eróticas numa viagem de táxi a caminho da Comic-Con em San Diego, na Califórnia.
A produtora frisou ainda que deixou claro que não estava interessada - pois é lésbica, com esposa e filhos -, mas que Price insistiu, de acordo com a revista, e inclusive se aproximou dela durante o evento e gritou "sexo anal" no seu ouvido.
Hackett, de 50 anos, disse ao Hollywood Reporter que relatou o comportamento de Price aos executivos do estúdio, que iniciaram uma investigação, mas que nunca foi informada sobre os resultados.
As acusações foram divulgadas no momento em que a atriz Rose McGowan criticava o dono da Amazon, Jeff Bezos, ao afirmar no Twitter que a empresa teria ignorado a sua denúncia de que o produtor Harvey Weinstein - caído em desgraça - a teria violado.
McGowan, de 44 anos, afirmou que avisou várias vezes a Amazon sobre "HW" e pediu para não trabalhar com o produtor, mas um executivo disse-lhe que "isso não tinha sido provado".
Rose McGowan é uma das atrizes citadas numa reportagem do New York Times que teve um acordo amistoso com Harvey Weinstein após um incidente.
"Jeff Bezos, peço para que deixe de financiar violadores, supostos pedófilos e agressores sexuais. Amo a Amazon, mas há coisas podres em Hollywood", escreveu a atriz na rede social.
A empresa informou que está a investigar as opções para projetos atualmente em curso com a The Weinstein Company.
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