O Departamento de Jogos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa está a investigar um suposto "sistema fraudulento de raspadinhas". O processo foi aberto depois das declarações feitas por Carla Silva no programa "Casa dos Segredos".

No reality show da TVI, a açoriana, que trabalha numa tabacaria, revelou aos colegas que o cunhado compra normalmente "blocos inteiros de raspadinhas". "Por exemplo, eu vendo-lhe um bloco e naquele bloco, ele só raspou 10, sai-lhe 500 euros. Eu devolvo o bloco, levo-o para dentro, estás a ver? Depois vendo aquele bloco, já sei que não tem nada, já saiu o maior prémio. Estás a ver as facilidades que a gente faz lá?", explicou Carla Silva.

Em comunicado citado pelo Diário de Notícias, a Santa Casa explica ser "totalmente alheia aos factos relatados na respetiva notícia, reportando os mesmos a uma situação, eventualmente, ocorrida num mediador dos jogos sociais do Estado".

"Contrariamente ao que é referido, os prémios da Raspadinha são distribuídos de forma aleatória pela emissão total dos jogos, de acordo com um plano de prémios previamente definido, disponível para consulta no verso de cada bilhete de jogo, desconhecendo a SCML em que maços se encontram os mesmos", sublinha a Santa Casa da Misericórdia.