O conselho administrativo da CBS está "em plena discussão com o presidente Leslie Moonves, que resultará na sua saída", disse o canal CNBC.
O jornal Los Angeles Times também informou sobre conversas entre a emissora e Moonves, de 68 anos, no cargo desde 2003.
Essa informação fez subir as ações da CBS na bolsa, que havia sofrido uma forte queda após se saberem das acusações, publicadas pela New Yorker a 27 de julho. Esta quinta-feira, o título subiu mais de 3% até o meio-dia, a 54,66 dólares na Bolsa de Nova Iorque.
As negociações giram principalmente em torno da indemnização pela demissão que seria paga a Moonves, um ex-ator e figura-chave da televisão norte-americana.
Segundo a CNBC, o contrato de Moonves prevê uma indemnização de saída de 180 milhões de dólares. O conselho administrativo estaria a oferecer-lhe 100 milhões, quase exclusivamente em ações da CBS.
Leslie Moonves continuar até agora no comando da CBS apesar das denúncias de assédio é uma exceção na era #MeToo, na qual muitos homens poderosos tiveram de deixar os seus cargos assim que se tornaram públicas as primeiras acusações contra eles.
Das seis supostas vítimas de Moonves, quatro disseram que ele as tinha apalpado ou beijado à força. Algumas acusações datam da década de 1980, muito antes de Moonves chegar a CBS, o que aconteceu em 1995.
Alguns atribuíram a permanência de Moonves na empresa à batalha entre a família Redstone, que controla 80% dos direitos de voto da CBS, e a direção da CBS e Moonves, sobre uma possível fusão com o grupo de meios de comunicação Viacom, também controlado por Redstone.
A família Redstone processou a CBS, acusando-a de querer bloquear o seu direito de voto.
Segundo fontes citadas pela CNBC, as negociações para um acordo amigável entre Redstone e a CBS e as de um acordo entre a CBS e Moonves não estariam relacionadas.
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