Em «Laços de Sangue», que estreia em Setembro, Dânia Neto (na foto, ao lado de Daniela Marques, a sua filha na novela) veste a pele de Marisa Pereira, uma bela mulher com «pêlo na venta». Foi mãe aos 16 anos e ganha a vida no mercado como vendedora de frutas e legumes.
A actriz está radiante com o papel e só mesmo o calor em excesso ameaça a sua boa-disposição.
«As gravações estão a correr muito bem, mas tenho sofrido imenso com o calor», conta Dânia Neto, que tem estado a gravar no Mercado da Ribeira, em Lisboa, num cenário com 150 figurantes. «No primeiro dia de gravações andei à pancada. Saí toda negra e parti uma unha. Estavam 40 graus e foi mesmo muito duro», adianta.
«Laços de Sangue» é a nova novela da SIC, produzida em parceria com a TV Globo, que conta com um elenco de luxo, encabeçado pelos protagonistas Diana Chaves e Diogo Morgado, o novo par romântico da estação de Carnaxide. Porém, também a personagem de Dânia Neto vive uma grande paixão.
«Sou casada com César (Pedro Diogo). Não é uma relação oficial mas usamos aliança, até porque ele está comigo desde que a Filipa (Daniela Marques) é bebé», revela a actriz que pela primeira vez desempenha uma personagem cómica.
«A Marisa é uma mulher com muita garra mas ferve em pouca água. Tem uma colega na banca do lado que não suporta. Picam-se uma à outra e de vez em quando há confusões. Passam a vida a bater boca e por vezes chegam a vias de facto. É preciso que alguém nos separe porque há fruta, legumes e sapatos pelo ar», conta, divertida, a SapoTV.
Quando estão a gravar o mercado não pára. Na realidade, as vendedeiras estão lá a servir os clientes mas ninguém fica indiferente aos atributos da actriz.
«É muito engraçado porque quem vai às compras a sério pede-nos autógrafos e beijinhos. Querem tirar fotografias e até querem comprar-nos a fruta. Houve um senhor que me disse que ia todos os dias à praça desde que eu estivesse lá», revela Dânia Neto, que ganhou fama nos «Morangos com Açúcar».
Para dar vida a Marisa Pereira, Dânia visitou alguns mercados. Apesar de fazer compras nas grandes superfícies, a actriz explica a importância de mostrar, ainda que na ficção, toda aquela azáfama que diariamente nos concede alimentos frescos e de qualidade.
«Há poucas pessoas da minha idade a vender na praça. A maioria tem já uma certa idade, mas são super-castiças», diz. «Queremos que o povo vá ao mercado e deixe de ir às grandes superfícies fazer compras. Eu sou uma dessas pessoas e tenho saudades do tempo em que minha avó ia à praça ao sábado comprar legumes e fruta fresca... Isso é que era bom!», conta-nos Dânia Neto com saudade.
(Texto: Joana Côrte-Real)
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