Jacques Costa é a primeira pessoa não-binária a participar na edição portuguesa do "Big Brother". O reality show da TVI estreou-se no passado domingo, dia 24 de março, e é apresentado por Cláudio Ramos.
Na estreia, o apresentador perguntou à concorrente que pronomes deveria usar. Jacques Costa explicou que prefere pronomes femininos.
"Este último ano que passou foi um ano muito importante. Decidi priorizar a minha felicidade. Assumi-me como uma pessoa não-binária e sem dúvida que estou mais em conexão comigo", disse a concorrente na sua apresentação.
Depois da estreia da nova edição do "Big Brother", nas redes sociais, a equipa de Jacques Costa reagiu a alguns dos comentários: "São muitas as mensagens de apoio e carinho que temos recebido, e por isso estamos imensamente gratos. No entanto, temos notado que têm vindo a surgir algumas questões sobre a escolha da Jacques em utilizar pronomes femininos. Gostaríamos de aproveitar este momento para explicar o que isto significa e por que é tão importante respeitar esta escolha".
"Ser não binário é uma identidade de género que não se enquadra exclusivamente nos conceitos tradicionais de masculino ou feminino. Pessoas não binárias podem identificar-se como ambos os géneros, nenhum deles, ou como algo completamente diferente. É uma expressão única de quem são e merece ser reconhecida e respeitada como qualquer outra identidade de género", pode ler-se no comunicado.
A equipa da concorrente sublinha que "os pronomes são uma parte fundamental da identidade de uma pessoa". "São a forma como nos referimos aos outros e demonstramos respeito pela sua identidade. Utilizar os pronomes corretos é uma maneira simples, mas poderosa, de reconhecer e validar a identidade de género de alguém", acrescentam.
"Pessoas não binárias podem escolher uma variedade de pronomes, incluindo 'ela', 'ele' ou formas neutras como 'elu'. No entanto, a língua portuguesa enfrenta desafios na comunicação não binária. É simples: respeitar os pronomes escolhidos pela Jacques (ela/dela). Isto significa utilizar os pronomes que ela prefere, como ela, e evitar o uso de pronomes que não correspondam à sua identidade de género. Para além disso, devemos educar-nos sobre diversas identidades de género e promover um ambiente de respeito e inclusão", remata o comunicado.
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