Gonçalo Reis falava à Lusa no final da apresentação da programação 2019/2020 da RTP1, que decorreu na quinta-feira em Lisboa.

"Os desafios do setor só se respondem com criatividade e com bons conteúdos", afirmou o presidente do Conselho de Administração da RTP.

A estação pública "está a fazer uma aposta em conteúdos de qualidade, inovadores, de caráter de serviço público", sendo simultaneamente "atrativa e próxima dos públicos", fomentando ainda "o setor criativo", sublinhou o gestor.

Gonçalo Reis, que não divulgou o investimento na nova programação da RTP1, salientou que a inovação e criatividade na RTP1 é alargada a "várias dimensões", desde a informação, programas, entretenimento, ficção, documentários ou música.

Destacou ainda a aposta "estruturada" na ficção e que "está a subir em degraus de qualidade".

O gestor deu os exemplos das séries "Sul" ou "A Espia", que considerou serem "atrativas para o mercado internacional", apontando a "junção e intersecção entre ficção televisiva e o cinema que só a RTP está a fazer".

A RTP aposta também na área de documentários, que "tem tudo a ver com a essência do serviço público", um género "nobre" onde a estação pública "tem credenciais" e é uma aposta "de forma sistemática", acrescentou.

"Os documentários estão realmente no nosso DNA", afirmou, apontando que "mais de 90% dos documentários encomendados, produzidos e emitidos em Portugal são através da RTP", salientou.

"A RTP é que alimenta e fomenta a indústria do documentário", sublinhou Gonçalo Reis, salientando que os temas vão desde a história até temas atuais como sustentabilidade, clima, entre outros.

De acordo com o gestor, a RTP está a ser capaz de "atrair públicos novos e jovens".

"Temos demonstrado que a RTP, nos últimos anos, com equilíbrio económico, tem primado pela criatividade, inovação e estimulado o setor, a produção independente".

Sobre a quinta geração móvel (5G), que está prevista arrancar no próximo ano em Portugal, o gestor disse estar atento.

"A RTP tem uma tradição de estar na linha da frente em tecnologia, estamos a fazer uma migração acelerada para o digital e para a produção em HD [alta definição]", prosseguiu.

"Estivemos sempre na linha da frente na TDT, estamos atentos ao 5G", afirmou.

"O nosso objetivo é produzir conteúdos de grande qualidade e fazê-lo chegar a todas as pessoas, de modo universal, por isso tudo o que sejam tecnologias que potenciem essa capilaridade temos de estar atentos e trabalhar com", acrescentou.

Sobre a eventual compra da TVI por parte da Cofina, Gonçalo Reis escusou-se a fazer comentários, salientando que o seu foco é a RTP e o seu serviço público.

A 18 de outubro, o Telejornal comemora 60 anos de existência e a RTP vai assinar essa data com uma emissão especial.

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