
Pode ser considerada um sucesso a estratégia do estúdio Warner Bros em apostar numa estreia internacional de "Tenet", o novo filme de Christopher Nolan e o primeiro "blockbuster" da era COVID-19.
Apesar das restrições na lotação das salas e a ameaça latente de uma segunda vaga da pandemia, o filme beneficiou do IMAX para arrecadar 53 milhões de dólares nas bilheteiras de mais de 40 países, o que está ao mesmo nível de "Dunkirk", o filme anterior do realizador (55,4 milhões em julho de 2017).
A estreia internacional ultrapassa as previsões iniciais de 25 a 30 milhões, e mesmo as de sábado, que tinham subido para 40 milhões.
Tal como era a esperança de muitos exibidores de cinema, o filme contribuiu para o regresso de muitos espectadores: "Tenet" dominou desde 60% do mercado na Alemanha a 80% da Coreia do Sul, passando por 68% da França e 74% da Grã-Bretanha.
Em nove países, incluindo Holanda e Hungria, conseguiu até ser a melhor estreia do realizador.
Em Portugal, o filme foi visto por 38.367 espectadores em 148 ecrãs desde a estreia na quarta-feira (26), deixando a longa distância as estreias da animação "A Fábrica dos Sonhos" (7.840) e do último capítulo da saga "X-Men" "Os Novos Mutantes" (7.255).
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Segundo a imprensa especializada, os números internacionais foram recebidos com "alegria" na sede da Warner em Burbank (Califórnia), mas também pelos estúdios rivais de Hollywood e pelos exibidores em geral, pois são um sinal de esperança para a estreia de filmes nos cinemas nesta nova era.
Para os analistas, a expectativa é que "Tenet" mantenha valores de bilheteira acima do que seria normal nas sessões durante a semana e pequenas descidas de fim de semana para fim de semana, à medida que os espectadores se habituam à atual situação.
A permanência nos cinemas durante muito mais semanas do que seria habitual também é destacada no comunicado de Toby Emmerich, Presidente do Conselho de Administração do Grupo Warner, que salienta que se "trata de um arranque fantástico e não podíamos estar mais satisfeitos" e "sabemos que estamos numa maratona e não num sprint".
O filme terá custado cerca de 200 milhões de dólares e estima-se que tenha de arrecadar entre 450 e 500 para ser considerado um sucesso comercial.
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