O Festival Internacional de Documentário de Melgaço – Filmes do Homem dá está segunda-feira início à quinta edição, que vai contar com uma homenagem ao francês Jean Rouch e 27 filmes nacionais e internacionais em competição.

Até domingo, o festival vai receber, para além da exibição de dezenas de filmes, exposições, oficinas, residências criativas, um curso de verão e um encontro sobre literacia para o cinema, entre outras atividades.

Em competição para a melhor longa-metragem internacional vão estar 13 filmes, incluindo os portugueses “Luz Obscura”, de Susana de Sousa Dias, “O Termómetro de Galileu”, de Teresa Villaverde (foto), “Bostofrio, où le ciel rejoint la terre”, de Paulo Carneiro, “A Casa”, de Rui Simões, “Herança”, de Flávio Cruz e “Os Cantadores de Paris”, de Tiago Pereira.

No concurso de curtas ou médias-metragens competem 14 obras, incluindo os portugueses “Armindo e a câmara escura”, de Tânia Dinis, “Exposição”, de Luís Azevedo e “Até à pró/cima”, filmado em Lisboa por Atsushi Kuwayama, contando a lista ainda com a coprodução nacional “Norley y norlen”, de Flávio Ferreira.

No centenário do nascimento do cineasta e antropólogo Jean Rouch, o festival vai exibir alguns dos seus filmes, como "En Une Poignée de Mains Amies", curta-metragem documental realizada em parceria com o português Manoel de Oliveira e inaugurar a exposição de fotografia "A descida do rio Niger", com a presença de Jocelyne Rouch, viúva do realizador.

O festival Filmes do Homem tem por objetivo "promover e divulgar o cinema etnográfico e social, refletir sobre a identidade, memória e fronteira, e dinamizar o Museu do Cinema de Melgaço".

É naquele espaço, inaugurado em 2005, que se encontra o espólio que o francês Jean Loup Passek, escritor e crítico de cinema, doou ao município.

O festival acolhe "também 12 jovens cineastas e três fotógrafos, selecionados entre vários candidatos, para produzirem documentários e trabalhos fotográficos sobre o concelho de Melgaço, integrados na residência Plano Frontal", segundo a organização.

O objetivo da residência "é contribuir para a constituição de um arquivo audiovisual sobre a região, que registe e preserve as memórias locais que, de outra forma, poderiam perder-se".