Tibúrcio, um vaqueiro austero e vaidoso, teima em capturar Aruá, um boi selvagem e encantado. A opção de apanhar o boi é comparável ao desvario do Capitão Ahab para arpoar Moby Dick, mas boi metamorfoseia-se - ora é um simples animal, ora uma espécie de Exu, ora uma constelação, ora o próprio vaqueiro.
Apesar da primeira longa-metragem de animação brasileira, «Sinfonia Amazônica», datar de 1951, e da primeira a cores, «Piconzé», ter estreado em 1971, contam-se pelos dedos de uma mão as longas produzidas em Terras de Vera Cruz antes da estreia de «Boi Aruá», o filme mais emblemático do animador brasileiro Chico Liberato.
A película documenta o quotidiano do Nordeste do Brasil, mais especificamente do sertão caatingueiro, através do mito do Boi Aruá.
«Boi Aruá» é exibido hoje, 10 de março, às 20h30, no Cinema São Jorge, em Lisboa.
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