Atravessando caminhos de terra e cabras no Sul da Guiné-Bissau, é possível encontrar Pobreza, uma aldeia balanta isolada no fim de uma remota península de sal.

Aparentemente perdida no tempo e envolta por mato denso, a tabanca não vive alheia às dinâmicas económicas dos mercados globais. Os sacos que outrora daí saíam cheios de arroz di bolanha para vender, levam agora o novo ouro da terra: o caju. «Djintis ka tem gós!»

Os filhos da terra estão a migrar. Em Pobreza restam mãos enrugadas, que depositam agora a esperança nas novas «hortas» de caju, a castanha que produzem e não comem.

«Hortas di Pobreza» é exibido hoje, 27 de Abril, no São Jorge em Lisboa.