O filme português de ficção científica "Mar Infinito", de Carlos Amaral, estreia-se esta semana numa sala de cinema nos EUA, semanas antes de chegar ao streaming naquele território, revelou a produtora Bando à Parte.
Fonte da produtora disse à agência Lusa que "Mar Infinito" terá estreia na sexta-feira em Los Angeles, Califórnia, e a partir do dia 24 é exibido nas plataformas de streaming Amazon Prime Vídeo e VUDU e nos canais por cabo nos EUA.
A distribuição internacional do filme é pela Buffalo 8 Productions, não estando ainda confirmada a exibição noutros países.
"Mar Infinito", produzido em 2021 e estreado no ano seguinte, é a primeira longa-metragem de Carlos Amaral e que, através da ficção científica, remete para a temática da emigração portuguesa das décadas recentes.
"É uma projeção de como foi ver todos os que conheço a deixar Portugal após a crise de 2008. Fico fascinado com a ideia de alguém que embarca voluntariamente numa viagem ao desconhecido, não porque esteja a lutar pela sobrevivência como um emigrante, mas porque não consegue encontrar um propósito em ficar onde está", refere o realizador em nota de intenções.
"Mar Infinito" conta com as interpretações de Maria Leite, Nuno Nolasco, Paulo Calatré, António Durães e Pedro Galiza.
Nesta ficção, "Pedro batalha para se juntar ao êxodo humano rumo a outro planeta. Ele vive assolado por sonhos e frustrações de ser deixado para trás até que conhece Eva, que desafia os seus objetivos", lê-se na sinopse.
O filme foi já exibido em vários festivais, nomeadamente a Mostra de São Paulo (Brasil), o Black Sea Film (Roménia), onde foi eleito o melhor filme de ficção, e o Festival de Cinema Luso-Brasileiro de Santa Maria da Feira, onde recebeu o prémio do público.
Antes de "Mar Infinito", Carlos Amaral fez as curtas-metragens "Por diabos" (2016), "Longe do Éden" (2013) e "Justino" (2010).
Em cinema, Carlos Amaral trabalha sobretudo na área dos efeitos especiais, tendo participado em filmes como “A Herdade”, de Tiago Guedes, “Ordem Moral”, de Mário Barroso, “Campo de Sangue”, de João Mário Grilo, e “The Nothingness Club - Não Sou Nada”, de Edgar Pêra.
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