Paul Royle morreu aos 101 anos, no domingo passado, depois de ter sido submetido a uma operação na sequência de uma queda.
O veterano integrou um grupo de 76 prisioneiros que conseguiu evadir-se em 1944, através de um túnel de dez metros que tinha escavado no campo de concentração nazi Stalag Luft III, localizado nas imediações da cidade polaca de Zaga.
A fuga foi imortalizada no filme “A Grande Evasão”, dirigido por John Sturges e protagonizado por Steve McQueen.
Apenas três prisioneiros aliados conseguiram a liberdade, enquanto o resto foi recapturado pela Gestapo (polícia secreta alemã), incluindo Royle, e 50 foram executados por ordem de Adolf Hitler.
Numa entrevista em 2014 para assinalar o 70.º aniversário da “grande evasão”, Royle recordou que à saída do túnel encontrou "muita neve e pinheiros”. “Havia neve por todo o lado e fazia frio”, disse.
Depois esperou pelo seu companheiro e juntos caminharam durante a noite para encontrar um lugar para dormir na floresta. Mas a sua liberdade durou pouco, acabando horas mais tarde capturado pelos nazis numa aldeia e levado para uma prisão local.
Posteriormente Royle foi novamente transferido para o campo de concentração Stalag Luft III, onde conheceu o piloto australiano e escritor Paul Brickhill, cujo livro conta a história da fuga.
Royle passou cinco anos como prisioneiro de guerra até regressar à Austrália para trabalhar na indústria mineira na remota região de Kalgoorie.
Com a morte de Royle, o único sobrevivente de "a grande evasão” é o britânico Dick Churchill, de 94 anos, segundo a ABC.
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