Não durou muito o "reinado" de "Robin Hood" como o maior flop de bilheteira de 2018.
O "título" deverá ser atribuído a "Engenhos Mortíferos", a adaptação de um livro de Philip Reeve que decorre num futuro pós-apocalíptico em que as cidades do mundo percorrem o globo sobre rodas gigantes enquanto se confrontam.
Os analistas estimam que o filme escrito e produzido por Peter Jackson e realizado pelo seu protegido Christian Rivers vá dar um prejuízo de mais de 100 milhões de dólares depois de uma estreia desastrosa de apenas 7,5 milhões no último fim de semana nos EUA e Canadá.
Christian Rivers ganhou um Óscar pelos efeitos visuais de "King Kong" (2005) e trabalha com Peter Jackson desde "Morte Cerebral" (1992) e principalmente a saga "O Senhor dos Anéis" (2001-2003).
Com um orçamento entre 100 e 150 milhões, a que tem de juntar um valor semelhante gasto em publicidade, e críticas também nada simpáticas, o panorama é negro para o filme: contando com a estreia noutros países, as receitas globais estão ligeiramente acima dos 42 milhões.
A última esperança para "Engenhos Mortíferos" pode ser o mercado da China, conhecido por ter gostos muito diferentes do público ocidental e que salvou filmes como "Batalha do Pacífico" (2013) e "Warcraft: O Primeiro Encontro de Dois Mundos" (2016).
Se isso não acontecer, falham os planos de Peter Jackson para fazer de "Engenhos Mortíferos" uma saga para os próximos anos nos cinemas, como foram os casos recentes de "Valerian e a Cidade dos Mil Planetas", "Rei Artur: A Lenda da Espada" e o próprio "Robin Hood".
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