O primeiro álbum dos Alabama Shakes, “Boys & Girls”, editado no ano passado, foi recebido com boas críticas, mas muitos não deixaram de assinalar também que faltava mais alguma definição ao som da banda protagonizada pela vocalista Brittnay Howard, talvez devido ainda à sua curta existência.
Um ano depois, será uma boa altura para ver como amadureceu ao grupo formado em 2009, com um registo inscrito na “constelação” Jack White, que tem vindo a arejar o blues-rock sulista, neste caso com uma voz cheia de soul, que leva alguns críticos a perguntar como soaria hoje Janis Joplin.
“Um vocabulário rítmico que provém naturalmente e em partes iguais do psych rock, hard funk, e da soul”, foi como Ian Cohen classificou na revista eletrónica Pitchfork, o som dos Unknown Mortal Ochestra, o segundo nome de destaque de hoje do Vodafone Paredes de Coura, ainda com as atuações restringidas só a um palco.
O trio capitaneado pelo neozelandês Ruban Nielson, um virtuoso guitarrista, está a promover o seu segundo álbum, precisamente intitulado “II”, editado no início deste ano.
Para abrir a noite, pelas 19:45 horas, os The Discotexas Band trazem os ritmos dançáveis e os concertos fecham com a atuação às 00:50 dos DJ Headbirds.
Pelo meio ainda vai ser possível escutar Bombino, um guitarrista tuaregue autodidata que recebeu lições dos vídeos que visionava de Jimi Hendrix ou Mark Knopfler. O seu novo álbum a editar este ano tem produção de Dan Auerbach, dos Black Keys.
O Vodafone Paredes de Coura vai ser também uma oportunidade para ouvir valores consagrados como os Belle & Sebastien, os Calexico ou os Echo & The Bunnymen.
Como sempre o Paredes de Coura é também um local de descobertas, e na 21ª edição algumas expectativas concentram-se na folk-rock dos Phosphorescent, que tiveram alguma projeção com o tema “Song from Zula”, no rock dos britânicos Palma Violets, no electro-rock australiano dos Jagwar Ma e no pop experimental dos The Knife.
@Lusa
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