
A celebrar 15 anos de existência, os Amália Hoje nasceram com o propósito de “perpetuar a memória”, nas palavras de Nuno Gonçalves, num ano em que se celebrava 10 anos da morte de Amália Rodrigues. O músico, acompanhado de Sónia Tavares, Fernando Ribeiro e Paulo Praça, criou a mais perfeita homenagem à fadista. Os arranjos musicais arrojados, épicos e transcendentes, hão-de dar (ainda mais) vida a Amália e aos seus temas.
O espetáculo inicia-se com a voz da fadista, que enche a sala e ecoa num público ávido de canções. “Povo que lavas no rio”, “Abandono” e “Gaivota” são os primeiros temas de um alinhamento que oscilará nas vozes do trio, acompanhado por um magnífico coro.
O público entrega-se à música, bebendo cada palavra, atento a cada acorde, pronto para juntar as suas palmas às vozes inebriantes e mergulhar no universo de Amália, reinventado e apurado - como só as belas homenagens conseguem ser.
Com novos temas e interpretações únicas, o concerto é uma viagem ímpar por alguns dos mais belos poemas portugueses, com novos arranjos e diferentes versões, que se estranham e se entranham. Um quarteto de cordas junta-se ao espetáculo, imprimindo mais emoção e sentimento a cada tema.

Fosse “apenas” um projeto de homenagem a Amália, e os Amália Hoje teriam cumprido o seu propósito. Mas, na verdade, é muito mais do que isso: é uma celebração da música e da vida, um sentimento de pertença, um momento de união - inquebrável e inexplicável, que se aninha no colo e merece todo o desvelo, de tão singular e tão especial.
O concerto dos Amália Hoje no Coliseu Porto Ageas foi tudo isso, e mais um pouco. Na atuação a solo de Sónia Tavares, com o tema “Estranha Forma de Vida” ou na alegria de Paulo Praça, em “Lisboa Não Sejas Francesa”, e em todas as outras canções que embalaram e emocionaram o público, ao longo de todo o espetáculo.
Alinhamento:
Povo Que Lavas No Rio
Abandono
Gaivota
Formiga
Nome De Rua
Com Que Voz
Grito
Rasga O Passado
Soledad
Barco Negro
Medo
Fado Português
Lisboa Não Sejas Francesa
Estranha Forma De Vida
L'important C'est La Rose
Fado Amália
Foi Deus
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