Denominado "Bossa Nova: A Grande Noite", o concerto homenageará este estilo brasileiro e ecoará a icónica apresentação de 1962 no coração de Manhattan, que deu maior visibilidade ao género.
Com um repertório inteiramente dedicado à Bossa Nova, Seu Jorge e Daniel Jobim - neto de Tom Jobim - serão acompanhados no palco pelos artistas brasileiros Roberto Menescal – que esteve na noite de 1962 -, Carlinhos Brown e Carol Biazin, e pela cantora britânica Celeste.
Na sua página na internet, o Carnegie Hall, uma das salas de concerto mais prestigiadas do mundo, relembra esse espetáculo de 1962, indicando que a Bossa Nova era, naquela época, “amplamente desconhecida nos círculos musicais populares fora do Brasil – nem mesmo era particularmente conhecida no seu país natal –, quando uma formação de superestrelas brasileiras se juntou ao saxofonista americano Stan Getz para lançar a fusão cadenciada do samba brasileiro e do 'cool jazz' da Costa Oeste".
João Gilberto, Luiz Bonfá e Sérgio Mendes estavam entre os muitos artistas que se reuniram naquela noite de 21 de novembro de 1962 para destacar a Bossa Nova em Nova Iorque e além.
Além de apresentar uma nova sonoridade à América do Norte, o icónico espetáculo também contou com Tom Jobim na programação daquela noite.
O músico brasileiro Gilberto Gil relembrou o impacto da noite no Brasil, quando a notícia do evento e o som da Bossa Nova se espalharam na imprensa norte-americana e, posteriormente, na brasileira.
"A reação foi tão boa que não podíamos ignorar no Brasil. De alguma forma, foi uma surpresa para nós também, porque naquela época o movimento da Bossa Nova no Brasil ainda não era tão grande... [O concerto foi fundamental para a difusão da música brasileira na América e no mundo", disse Gilberto Gil, citado pelo Carnegie Hall.
Agora, seis décadas depois, um novo concerto não só assinalará a efeméride, como mostrará também que a Bossa Nova continua enraizada na música que é feita no Brasil na atualidade.
De acordo com a imprensa brasileira, a direção artística do concerto ficará a cargo do músico Max Viana e o apresentador Serginho Groisman será o mestre da cerimónia.
A base do repertorio será de composições de Tom Jobim.
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