
O Trovante, primeiro projeto dos dois músicos, nasceu em 1976 e a sua marca mudou a música portuguesa. Apesar do anunciado fim em 1992, foram vários os regressos da banda aos palcos e é legítimo perguntar se este projeto acabou realmente.
“Em 92 acabou. O que tem acontecido periodicamente é levarmos, nós próprios, às pessoas, porque nós estamos vivos, o nosso património, como foi feito, como foi construído”, reitera Represas. “No fundo, é um exercício rigoroso de memória. Não houve nem mais um acorde, nem menos um acorde, não houve uma nota a mais”, reforça João Gil.
Ainda olhando para o passado, João Gil contou ao SAPO que talvez tenham inventado mais picardias do que as que realmente existiam. Luís Represas concorda, acrescentado ainda que parte dessa postura era fruto dos tempos que se viviam.
“De facto esses 16 anos foram vividos muito em conjunto. Vimos de uma escola pós-25 de abril onde as coisas eram postas logo em cima da mesa. Tudo tinha de ter uma razão. Tudo de tinha de ter um motivo”, conta Represas.
Ao fim de tantos anos e a braços com um novo projeto, a Gil só ocorre dizer hoje que “é fabuloso encontrar terrenos e territórios comuns, e é maravilhoso passear neles como numa passadeira vermelha”.
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@Inês Fernandes Alves e Edson Vital
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