
Num minimercado no centro da vila, Maria Francisca Nobre afirmou que faz "mais num dia, agora, do que num mês ou dois no inverno”, acrescentando depois que os dias do Sudoeste talvez sejam até mais lucrativos do que a totalidade da estação baixa.
“O festival está muito melhor, mas retirou a qualidade que a Zambujeira do Mar tinha”, explicou Hélder Alão, gerente de um café-restaurante há cerca de 24 anos, referindo-se ao que considera ser a diminuição de um tipo de cliente com poder de compra, que viajava até à zona com a família, e que passou a fazê-lo para outras localidades, devido ao festival.
Para Vitória Albino, residente na Zambujeira do Mar, as opiniões “dependem de cada pessoa”, mas acrescentou que sempre gostou do evento, no qual as filhas são presença habitual e que a neta, de 11 anos, vai visitar hoje à noite pela primeira vez.
“Para mim, não me incomoda. Gosto disto, são simpáticos, não há nada que contrariar”, disse Vitória Albino, recordando que as infraestruturas do festival são hoje muito melhores do que eram no início.
Maria Vitória Soares, por seu lado, nunca foi ao recinto, ao contrário dos elementos mais novos da sua família. A viver na Zambujeira do Mar há cerca de duas décadas, Maria Vitória afirmou que o festival “dá outra vida” à vila e que é positivo “pelos comerciantes”, mas notou que “o resto é barulho”.
Numa marisqueira na rua central da Zambujeira do Mar, Vítor Duarte realçou que, para o seu estabelecimento, o impacto do Sudoeste “ainda não começou”, estando à espera do fim de semana, mas sem expectativas, uma vez que “é muita gente jovem”, que não procura gastar muito na restauração. “Não é tão bom como dizem, nem é tão péssimo como dizem”, resume Vítor Duarte.
@Lusa
Comentários