Foi a terceira digressão da orquestra pela China em cerca de três décadas e, desta vez, "o público foi muito mais entusiasta", disse um elemento da comitiva que acompanhou a anterior tournée, em 1999.

Além de duas peças conhecidas do reportório clássico (as sinfonias 'Pastoral' de Beethoven e 'Novo Mundo' de Dvorák), o programa incluiu uma obra do compositor português Luís de Freitas Branco ("Duas Melodias") e um Concerto para Marimba e Orquestra do percussionista brasileiro Ney Rosauro, com o solista chinês Li Biao.

Antes de chegar à capital chinesa, a orquestra tocou em Macau e em Cantão, no sul do país, sob a direção do seu novo maestro titular, Paul McCresh.

O último concerto decorreu no Grande Teatro Nacional da China, um dos novos ícones arquitetónicos de Pequim, desenhado pelo francês Paul Andreu.

"Somos uma orquestra portuguesa e trouxemos uma lembrança de Portugal", disse o maestro Paul McCresh ao introduzir o primeiro encore da noite, uma peça de Joly Braga Santos.

A seguir, e como a maioria do público era composta por estudantes do ensino secundário, a orquestra tocou uma música de embalar de Robert Schumann. "É bom ver tantos jovens na assistência", comentou o maestro.

A orquestra, com cerca de 70 músicos, viajou acompanhada pelo presidente da Fundação Gulbenkian, Artur Santos Silva, a administradora Teresa Gouveia e o diretor do Serviço de Música da instituição, Risto Nieminen.

Fundada em 1962, a Orquestra Gulbenkian tocou pela primeira vez na China em 1980, pouco depois de o Partido Comunista Chinês ter adotado a política de "Reforma Económica e Abertura ao Exterior".

@Lusa