A colaboração com Rui Horta “vem da temporada anterior, mas precisava de mais tempo de preparação e solidez”, disse o diretor artístico da Metropolitana, o maestro Pedro Amaral, que apontou a apresentação deste trabalho para a “última semana de junho de 2015”.

Dos mais de 50 concertos da programação, dividida em três temporadas – Barroca, Clássica e Sinfónica – e orçada em 250.000 euros -, Pedro Amaral destacou a audição de seis obras de Pinho Vargas, a estreia de uma peça de Alexandre Delgado, que será interpretada pelo próprio, a estreia moderna da ópera “Armida”, de Josef Myslivecek, e a execução da Segunda Missa de Anton Bruckner.

O maestro realçou ainda a programação de música de câmara, pelos solistas da Metropolitana, que “é uma extensão coerente do repertório das três temporadas”, disse Pedro Amaral que realçou a importância deste ciclo, no qual “os músicos desenvolvem a sua criatividade, pois não seguem as sugestões dos maestros”.

A programação, tal como na temporada 2013/14, tem três cenários principais na capital: o Palácio Foz, nos Restauradores, para a música barroca, o Teatro Thalia, nas Laranjeiras, para a o classicismo, e o CCB para a música sinfónica, não descartando outros palcos como o do Teatro S. Luiz, onde se realiza o concerto de abertura da temporada, entre outras iniciativas.

A celebração dos 150 anos do nascimento do compositor Richard Strauss e os 20 anos do Moscow Piano Quartet Moscovo são também referenciados na temporada, durante a qual se irá escutar a Segunda Sinfonia, de Strauss, que habitualmente não é muito tocada, e a realização do "Triplo Concerto" com obras de Beethoven, sendo solistas os músicos do Moscow Piano Quartet, e na qual Alexandre Delgado estreia uma obra sua para violeta.

Referindo-se à programação, Pedro Amaral defendeu que há que ter em conta "o contexto geográfico-sociológico" no qual a orquestra está inserida e "há que apresentar música catalisadora para os músicos, que os motive", e também que interesse ao público.

Em termos de público, Amaral afirmou que "até ao momento, no global o total de espetadores é muito idêntico ao registado na temporada de 2012/13", e salientou que no caso do Teatro Thalia, registou-se uma ocupação média acima dos 70% e no Palácio Foz, acima dos 80%.

A designer Ana Romero foi escolhida para criar as diferentes imagens da temporada. A designer, natural de Lisboa, é licenciada pela Faculdade de Belas Artes de lisboa, lançou já uma marca própria e reside atualmente em Genebra, na Suíça.

A notícia do sucesso dos desenhos da Ana Romero suscitou o interesse dos responsáveis da Metropolitana que a convidaram, explicou o diretor executivo da Metropolitana, António Mega Ferreira. "Quando vi os padrões da Ana Romero fiquei em estado de choque de entusiasmo, falei com o Pedro [Amaral] entrámos em contacto com ela, que aceitou o convite, e esta é a génese da associação da Ana Romero com a Metropolitana", contou Mega Ferreira.

@Lusa