Trata-se da primeira criação de António Cabrita e São Castro como diretores artísticos da Companhia Paulo Ribeiro.

“O contrabaixo”, de Patrick Suskind, foi o ponto de partida da dupla, sobretudo a analogia contida na obra entre a organização de uma orquestra e a hierarquia social em que os homens se inserem sem que sejam capazes de esconder o seu desejo de liberdade.

Nesta relação conflituosa, António Cabrita e São Castro pretendem explorar “a necessidade intrínseca ao ser humano de se afirmar como elemento importante dentro de uma sociedade” sendo portador de uma individualidade que, muitas vezes, choca com a uniformidade prevista no sistema, segundo os criadores do espetáculo.

“Um solo para a sociedade” faz assim uma “reflexão sobre o indivíduo, a identidade e a sua posição hierárquica no grupo ou num território”, sem esquecer questões que norteiam a condição humana, como o amor, a liberdade e a solidão.

A Companhia Paulo Ribeiro, dedicada á dança contemporânea, foi fundada em 1995 pelo coreógrafo Paulo Ribeiro e, desde 1998, tem sede no teatro Viriato, em Viseu.

António Cabrita e São Castro dirigem a companhia desde a nomeação de Paulo Ribeiro para a direção artística da Companhia Nacional de Bailado, em 2016.