“A Bolsa enquadra-se no programa de divulgação internacional estruturado pela Embaixada de Portugal/Camões, I.P. na área do Livro, no âmbito das iniciativas de ação cultural externa coordenadas pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros e o Ministério da Cultura”, lembrou o Instituto Camões, em comunicado.

Nas linhas orientadoras das candidaturas à bolsa deste ano podia ler-se que a iniciativa consiste “na estadia de um autor de língua portuguesa durante um período mínimo de um mês, na Alemanha”, ao longo do qual “terá a oportunidade de trabalhar no desenvolvimento de um novo projeto literário”, sendo promovidas “leituras públicas de obras publicadas anteriormente”.

A bolsa prevê a atribuição de 1.500 euros a um projeto de criação artística.

Ainda de acordo com o documento das candidaturas, “o montante total da bolsa cobrirá a estadia do autor e, caso se aplique, as viagens de ida e regresso para a cidade de Berlim”, ficando a Embaixada de Portugal em Berlim e o Instituto Camões “responsáveis por diligenciar todas as questões de logísticas”.

Rui Cardoso Martins nasceu em Portalegre, em 1967, e foi premiado por duas vezes com o Grande Prémio da Associação Portuguesa de Escritores (2009 e 2016). É o autor dos romances “E se eu gostasse muito de morrer”, “Deixem passar o homem invisível”, “Se fosse fácil era para os outros” e “O osso da borboleta”.

Em 2015, reuniu em “Levante-se o réu” as crónicas de tribunal editadas durante 17 anos no Público, que lhe valeram dois prémios Gazeta de Jornalismo, de acordo com a biografia disponibilizada pelo Instituto Camões.

No ano passado, a escritora Patrícia Portela foi a vencedora da primeira edição da bolsa de residência literária em Berlim, tendo concluído o livro “Dias úteis” durante esse período.