Segundo o museu, António Miguel Alegria, que pertencia ao quadro de pessoal da instituição alentejana, encontrava-se ausente há vários meses, devido a doença prolongada.

Licenciado em História pela Universidade Autónoma de Lisboa, em 1990, iniciou o seu percurso no Museu de Évora como guarda, em outubro de 1987, e alcançou o cargo de diretor, em regime de substituição, em 2011, no qual permaneceu até março de 2021.

Nascido em Évora, no dia 8 de abril de 1958, António Miguel Alegria concluiu a parte letiva do Mestrado em Museologia e Património na Universidade Nova de Lisboa.

“Sempre se interessou, particularmente, pelo domínio da arqueologia, participando, por exemplo, na escavação do Cromeleque dos Almendres, em 1986, e sendo responsável durante largos anos por essa área no museu”, recorda a instituição.

Contactada pela agência Lusa, a atual diretora do Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo, Sandra Leandro, considerou que este “é um dia muito triste para o museu”, pois “perdeu uma pessoa que deu bastante à instituição”.

António Miguel Alegria teve “um percurso muito invulgar”, uma vez que “entrou como guarda do museu e chegou a diretor”, o que também “manifesta o muito que gostava” da instituição, afirmou.

A missa de exéquias está marcada para sábado, às 12h00, seguindo-se o cortejo fúnebre para Elvas.

A promoção do espaço museológico de Évora a museu nacional e a mudança da sua designação para Museu Frei Manuel do Cenáculo foi aprovada, a 23 de fevereiro de 2017.

Instalado no antigo Paço Episcopal, junto à Sé e ao Templo Romano, tem um acervo de cerca de 20 mil peças de pintura, escultura e arqueologia, possuindo ainda azulejaria, ourivesaria, paramentaria, mobiliário, cerâmica, numismática e naturália (objetos curiosos da natureza).