Numa nota de imprensa enviada à agência Lusa, aquela companhia de teatro de Coimbra indicou que a celebração do Dia da Liberdade começa no dia 24, com o espetáculo ‘Atlas da Boca’, de Gaya de Medeiros, na Oficina Municipal de Teatro.
Integrada no Abril Dança Coimbra e com curadoria de Rui Horta, esta é uma peça de dança que “mergulha nos processos de (des)construção, afirmação e validação de identidades não-normativas na sociedade contemporânea”.
Nos dias 24 e 25, as comemorações saem de Coimbra em direção a Ílhavo, com duas sessões do espetáculo ‘Os Cadáveres São Bons Para Esconder Minas’, na Casa Cultura.
“As formas terríveis como a Guerra Colonial afetou a sociedade portuguesa serão novamente auscultadas, depois de uma temporada de sucesso em Coimbra, no final do ano passado”, referiu.
Já no dia 27, “os militares” do Teatrão regressam a Coimbra, para participar e ler alguns excertos de ‘Os Cadáveres São Bons Para Esconder Minas’ nas Conversas na Comunidade.
‘O 25 de Abril e os Militares’ é o título desta conversa, que contará com a presença do Coronel Pedro Esgalhado e da psicóloga da Liga dos Combatentes Catarina Gonçalves.
A iniciativa, organizada pelo Plano Nacional das Artes em parceria com a Liga dos Combatentes – Núcleo de Coimbra, o Teatrão, o CEIS20, o Agrupamento de Escolas Coimbra Sul (AECS), a Escola Secundária Quinta das Flores (ESQF) e o Conservatório de Música de Coimbra, tem entrada livre.
Para o dia de hoje está agendada uma primeira conversa reservada a alunos da ESQF e do AECS.
Nos dias 29, 30 de março e 1 de maio, sobe ao palco da Oficina Municipal de Teatro o espetáculo com forte componente musical intitulado ‘Revolution (Título Provisório)’.
Esta é uma cocriação descentralizada da ASTA, Baal17, d'Orfeu e Teatrão, que alerta para as enfermidades da democracia, numa altura em que se assinalam 49 anos sobre a Revolução de 25 de Abril.
Por fim, para o dia 28 de abril, foi agendada uma conferência paralela ao espetáculo, intitulada: ‘Democracia – um conceito em (r)evolução?: Participação e democracia’, organizada pelo Teatrão e projeto UNPOP/CES-UC.
O projeto UNPOP, coordenado pelo investigador Cristiano Gianolla - curador e moderador desta conferência – “tem vindo a dissecar as narrativas da emoção populistas e o seu impacto no comportamento político dos cidadãos”.
“Por isso, pareceu-nos o parceiro perfeito para olhar a evolução da participação cidadã no exercício da democracia em Portugal desde 1974”, sublinhou o Teatrão.
Participarão nesta conversa o encenador, dramaturgo e cenógrafo de ‘Revolution (Título Provisório)’ Gonçalo Guerreiro, a investigadora Marcela Uchôa, o escritor Tiago Alves Costa e a investigadora Vanda Amaro Dias.
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