Das 118 produções anunciadas entre setembro de 2021 e julho de 2022, 60 são de artistas e companhias que trabalham a partir da cidade e 22 de nomes internacionais.

“Destes espetáculos, 49 serão coproduções do Teatro Municipal do Porto (TMP), 25 das quais com artistas e companhias que trabalham a partir da cidade e cinco das quais com artistas e companhias internacionais. Será mantida, naturalmente, a estratégia e a presença ‘online’ do TMP”, indicou o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira.

O autarca e responsável pelo Pelouro da Cultura falava hoje na apresentação da temporada 2021/2022 do TMP, onde revelou que o investimento na programação do TMP, Festival Dias da Dança e Campus Paulo Cunha e Silva para esta temporada é de, aproximadamente, 1,74 milhões de euros, incluindo honorários, ‘cachets’ e custos logísticos associados à apresentação do programa artístico.

Relativamente ao online, mantém-se a aposta nas transmissões em ambiente virtual, com a exibição de 17 criações e atividades complementares.

Trabalhos de Jan Martens, Marlene Monteiro Freitas, Vera Mantero, Dimitris Papaioannou, Maguy Marin e Ensemble – Sociedade de Atores são alguns dos destaques da programação de setembro a dezembro, que foi hoje apresentada em detalhe pelo diretor do TMP, Tiago Guedes.

Numa “triangulação” entre TMP, Festival Dias da Dança e o recém-inaugurado CAMPUS Paulo Cunha e Silva, a programação arranca a 16 de setembro, contando com vários regressos de peso à cidade, nacionais e internacionais.

Um dos primeiros regressos e destaques da nova temporada é o coreógrafo belga Jan Martens, que depois de trazer ao Rivoli, em 2015, a peça “The Dog Days Are Over” estreia em Portugal a sua mais recente criação, “any attempt will end in crushed bodies and shattered bones”.

Em setembro, há ainda dois regressos internacionais a registar: a francesa Maguy Marin, que leva ao palco do Rivoli, em estreia nacional, a remontagem de “UMWELT” (24 e 25 de setembro) e Marlene Monteiro Freitas, com o reagendamento para esta temporada de “Mal – Embriaguez Divina”.

A nova temporada coloca também em grande plano a criação nacional, com destaque para a estreia de “A História do Soldado”, de Igor Stravinsky e C. F. Ramuz, uma colaboração entre a coreógrafa Né Barros e o Ensemble – Sociedade de Atores, em cena de 06 a 09 de outubro no Campo Alegre e a 10 de outubro no TMP ‘online’.

Em novembro, Tiago Guedes destacou, entre outras, as criações de dois jovens encenadores: “Buffalo Bill”, de Paulo Mota, e “Como perder um país”, de Diogo Freitas.

A programação nacional contará ainda com projetos de Cleo Diára, Isabél Zuaa e Nádia Yracema, entre outros.

Dimitris Papaioannou será, em dezembro, o destaque da programação internacional, apresentando-se apresenta-se no Rivoli, em estreia nacional, com “Transverse Orientation”.

Em junho de 2022, há mais um “reencontro” agendado, desta vez com o coreógrafo brasileiro Marcelo Evelin, que apresenta no Porto o seu novo espetáculo, cujo título provisório é “Povo da Mata”.

Dos espetáculos que transitaram da anterior para a presente temporada será ainda possível assistir, entre outros, a “Saison Séche”, da artista francesa e fundadora da companhia Non Nova, Phia Ménard.

Raimund Hoghe, o coreógrafo e dramaturgo alemão que morreu em maio deste ano, será alvo de uma homenagem em março do próximo ano.

Já em janeiro de 2022, celebra-se o 90.º aniversário do Teatro Rivoli com nove criações de artistas e companhias da cidade.

Esta nova temporada apresenta também um novo foco de programação – “Retratos” - que pretende juntar dois artistas com projetos a partir do conceito de autorretrato.

Durante a apresentação, Rui Moreira fez ainda um balanço da temporada 2020/2021, que foi marcada pelo impacto da pandemia de COVID-19.

Salientando que o TMP tudo fez para acompanhar manter a sua atividade, o autarca referiu que, entre setembro de 2020 e até ao final deste mês de julho, contabilizam-se 110 espetáculos e 116 transmissões online.

O autarca destacou ainda a abertura em 9 de junho, do Campus Paulo Cunha e Silva, um equipamento que já acolheu “11 residências de pesquisa, mais de 40 reservas de espaço e rececionou 148 candidaturas em resposta aos três ‘open-call’ lançados recentemente, no âmbito de residências artísticas, técnicas e da 2.ª edição do programa Reclamar Tempo”.

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