Agora em formato trio – Igor, Marco e Mob -, os Throes + The Shine continuam a ser uma banda de ‘rockuduro’ uma mistura de kuduro, género originário de Angola, com rock, mas no próximo álbum, explicou Marco em declarações à Lusa horas antes do espetáculo, tentam abordar sonoridades com as quais não estavam tão confortáveis anteriormente.
“Temos algumas músicas um pouco mais calmas, algo que as pessoas geralmente não associam ao que nós fazemos, mas continuamos a tentar ser a junção de música mais ocidental e misturar com influências latinas e influências africanas”, partilhou o músico.
O disco, o quarto de originais do grupo, está a ser produzido pelo holandês Jori Collignon (Skip&Die) e conta com a colaboração dos mexicanos Sotomayor, do francês KillASon, do portuguê Mike El Nite, da moçambicana Selma Uamusse, a viver em Portugal desde 1988, e do projeto cabo-verdiano Cachupa Psicadélica.
Desde o último álbum – “Wanga”, de 2016 - a banda tem atuado bastante no estrangeiro. De acordo com Marco, no ano passado os Throes + The Shine deram “mais de 50 concertos, a maioria deles fora de Portugal”.
Estes espetáculos dão ao grupo “acima de tudo experiência”. “Quantos mais concertos damos [mais] aprendemos, tanto pela forma como o público se relaciona com as mudanças que nós vamos efetuando, como porque nos permite ver muitas bandas, aprender com muitos outros músicos”, disse.
Para Marco, “fazer música é isso”. “É pegar em influências e trazer isso para a visão que nós temos do que queremos fazer, acima de tudo foi isso que nos trouxe em relação à composição deste disco, e no geral tem sido muito recompensador”, afirmou.
A diferença entre os palcos nacionais e os estrangeiros está na reação do público. “Aqui sentimos que o que fazemos é muito mais comum e lá fora é mais exótico e as pessoas, por essa razão, são muitas vezes apanhadas e surpresa connosco”, referiu Igor.
“Balança”, o single de avanço do novo álbum, deverá ser editado em setembro.
A 12.ª edição do festival Alive, que decorre no Passeio Marítimo de Algés, termina hoje.
Comentários