Os Trovante são agora nome de uma rua em Vila do Bispo, em Sagres. A autarquia local decidiu homenagear o grupo que celebra este ano o 40º aniversário.

Segundo o jornal Sul Informação, a rua em causa dá acesso à Praia da Mareta, local onde os fundadores da banda portuguesa se conheceram e tocaram pela primeira há 40 anos.

Partindo de raízes tradicionais, os Trovante formaram-se em 1976 em Sagres, no Algarve, com Manuel Faria, João Gil, Artur Costa, João Nuno Represas e Luís Represas. Num dia de praia, juntaram-se para cantar e o primeiro álbum surgiu logo no ano seguinte.

Em 1979, Né Ladeiras chegou a integrar o grupo, gravando o single "Toca A Reunir". Foi a fase política, de esquerda, dos Trovante, com espetáculos na Bulgária, Cuba e Checoslováquia, entre outros países, e colaborações com José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Fausto, Vitorino e Sérgio Godinho.

Nos anos 80, mais precisamente em 1981, os Trovante assinaram contrato discográfico com a EMI-VC, o que levou à mudança radical da estratégia do grupo, agora virada para a conquista do sucesso comercial e do público rock.

Depois de "Baile No Bosque", em 1982, o quinteto passou a septeto e depois a sexteto com a entrada de Fernando Júdice e José Martins e a saída de João Nuno Represas. Em 1983, regressam à fórmula do septeto com a entrada de José Salgueiro e em 1988/89, definitivamente, ao sexteto com o abandono de José Martins.

Os Trovante viriam a terminar a carreira por alturas do natal de 1991, depois da edição da colectânea de êxitos, "Saudades do Futuro". Luís Represas encetou uma carreira a solo, Manuel Faria distingue-se como produtor e os restantes membros colaboram em diversos projetos.

O grupo é responsável por êxitos como "Namoro II", "125 azul", "Perdidamente", "Timor", "Saudade", "Balada das sete saias" e "Fizeram os dias assim".

A história dos Trovante está contada no livro "Trovante - Por Detrás do Palco", assinado por Manuel Faria e editado em 2003.