O Museu da Música, que anunciou hoje a programação deste ciclo, diz que "estes concertos são autênticas viagens à [sua] coleção, conduzidas por grandes intérpretes nacionais e internacionais, que atuam 'pro bono', e dão a conhecer os instrumentos através de concertos comentados e de uma contextualização histórica estendida, muitas vezes, ao repertório escolhido”.

"A interpretação, a necessária manutenção dos instrumentos musicais e a comunicação da história de cada um deles são fatores intimamente ligados" a este ciclo, e resultam de "uma ação concertada entre o Museu da Música e os Mecenas do ciclo, músicos, construtores/restauradores e outros parceiros”.

Neste ciclo, que se prolonga até dezembro, todos os concertos são ao sábado, excetuando o celebrativo do Dia Internacional dos Museus, no dia 18 de maio, protagonizado por Maria José Falcão, que vai tocar o violoncelo Stradivarius, de 1725, do rei D. Luís, e por Anne Kaasa, com um piano Bechstein, de 1925.

Maria José Falcão e Anne Kaasa vão interpretar peças de Luigi Boccherini, Frédèric Chopin e Cesar Franck.

No dia 10 de junho, Helena Raposo acompanha, numa tiorba Buchenberg de 1608, a soprano Orlanda Velez Isidro, num recital que inclui composições de John Dowland, Henry Purcell, Giulio Caccini e Claudio Monteverdi.

Quatro violoncelistas do Prémio Jovens Músicos atuam no dia 15 de julho: Gonçalo Lélis e Marco Pereira tocam o violoncelo Galrão, do século XVIII, Fernando Costa, o violoncelo Lockey Hill, do século XIX, que pertenceu a Guilhermina de Suggia, e Teresa Valente Pereira, o violoncelo Sanhudo, também do século XIX.

“Neste concerto intitulado ‘Sons com história’, os violoncelistas vão percorrer várias épocas e estilos musicais, desde a música clássica a Astor Piazolla”, escreve o museu.

No dia 9 de setembro, o espanhol Tony Millán toca música ibérica para cravo do século XVIII, no cravo Antunes, de 1758.

No Dia Mundial da Música, 1 de outubro, realiza-se no museu, instalado na estação de Metropolitano do Alto dos Moinhos, um recital por Filipe Quaresma, com o violoncelo Stradivarius, e António Rosado, que utilizará o piano Bechstein, de 1922, que pertenceu ao compositor Luís de Freitas Branco.

O recital vai assinalar a edição do novo álbum de Filipe Quaresma e António Rosado Sonata com Sonatas para violoncelo e piano de Luís de Freitas Branco e César Franck.

No dia 4 de novembro, tocam o pianista Duarte Pereira Martins, no Bechstein de 1925, Daniel Bolito, e Nuno Cardoso, no violoncelo Lockey Hill, num recital dedicado a Joseph Haydn e Franz Schubert.

Também em novembro, no dia 22, José Carlos Araújo vai estrear o recém-restaurado cravo Antunes, de 1789, com música portuguesa do século XVIII.

O ciclo encerra com o programa “Tormentos, congojas y tristezas”, interpretado por Diana Vinagre e Miguel Jalôto.

Diana Vinagre toca o violoncelo que pertenceu a D. Luís, e Jalôto, o pianoforte Van Casteel, de 1763.