"Carlos do Carmo deixou-nos no primeiro dia de 2021. O país lamentou a partida de um dos mais importantes vultos da cultura Portuguesa, um dos maiores expoentes do Fado. O seu legado é imenso e a sua influência nas novas gerações vingará por muitas e muitas gerações de fadistas", frisa a Universal Music Portugal em comunicado, lembrando que, "como principal herança", o músico "deixou-nos um disco de inéditos".

"E Ainda…", o último disco do fadista, será editado a 16 de abril, mas já se encontra em pré-venda. De acordo com a editora, o álbum foi gravado ao longo de três anos e "chegará às lojas fruto da intuição e da certeza de que 'tinha coisas para cantar', como referiu na entrevista incluída na edição deluxe deste disco".

As canções contam com poemas de Hélia Correia, Herberto Helder, Julio Pomar, José Saramago, Vasco Graça Moura, Sophia de Mello Breyner e Jorge Palma. “Para mim não faz sentido cantar o fado sem bons poetas”, frisou o artista.

"E Ainda…" conta também a música de Victorino D’Almeida, Mário Pacheco, Paulo de Carvalho e José Manuel Neto.

"E Ainda…" chega 13 anos depois de “À Noite”, o último álbum de fados acompanhado à guitarra,  e oito anos depois do último álbum de originais, numa parceria com Maria João Pires, acompanhado ao piano. Pelo meio, ainda vieram o disco com Bernardo Sassetti, igualmente acompanhado ao piano, onde cantou originais e versões de temas de outros artistas e “Fado é Amor”, onde revisitou temas da sua carreira ao lado de toda uma nova geração que o tem como mentor e referência no fado.

"Esse e este momento são também o de celebração de toda uma vida a trazer ao fado a quem dele desconfiava, a mostrar o fado a quem o desconhecia, a mostrar ao mundo como Portugal tinha uma canção que nasceu nas ruas e sempre as soube cantar. Obrigada, Carlos do Carmo", remata a Universal Music Portugal.