Pode dizer-se que ele é o padrinho do género dos super-heróis, ao ter elevado o género a um nível superior com «Batman» em 1989. E o padrinho admitiu que está cansado do género de histórias dos filmes Marvel.
Numa das entrevistas de promoção ao seu novo filme, «Olhos Grandes», o famoso realizador afirmou que a «Marvel faz a sua coisa e sem dúvida que existe um certo modelo em tudo o que fazem que parece ainda estar a funcionar, mas quantas vezes se pode dizer «estás a usar um fato engraçado» com as calças justas e o resto?».
«Já está a durar há 20 anos», acrescentou. «Sim, todos sabemos que os super-heróis são indivíduos muito traumatizados. Talvez a gente precise ver um super-herói feliz?»
Tim Burton sente que um super-herói mais alegre iria mudar completamente o género na Marvel. De facto, ainda que o Batman protagonizado por Michael Keaton em 1989 e 92 («Batman Regressa») não fosse um indivíduo festivo, onseguia ser muito mais feliz do que qualquer um dos super-heróis existentes nos nossos dias.
«Recordo-me do «Batman» ser tão criticado na época por ser muito pessimista e agora, 20-30 anos depois, parece-se com uma leve comédia romântica, é algo muito estranho de se ver».
Desafiado a levar à prática as suas teorias, o cineasta respondeu: «Acho que ainda tenho em mim outro filme sobre super-heróis, mas não sei. Acha que precisamos de mais filmes desses? Aquilo não para. É espantoso o tempo que dura e a ficar cada vez mais forte. Algum dia, as pessoas vão fartar-se.
«Olhos Grandes», com Amy Adams e Christoph Waltz, estreia a 26 de fevereiro.
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