A caminho dos
Óscares 2016
O Sindicato de Realizadores de cinema, televisão e publicidade nos EUA (DGA) anunciou os candidatos aos seus prémios que distinguem o que melhor se fez no ano passado.
Os nomeados na categoria de cinema são o mexicano Alejandro González Iñárritu ("The Revenant: O Renascido"), que ganhou o ano passado com "Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)", os americanos Tom McCarthy ("O Caso Spotlight") e Adam McKay ("A Queda de Wall Street"), o australiano George Miller ("Mad Max: Estrada da Fúria") e o inglês Ridley Scott ("Perdido do Marte").
Os respetivos filmes estão entre os que têm surgido com mais consistência na corrida a vários prémios, tanto da indústria cinematográfica como dos críticos.
Desde 1970, quando ficou definido que seriam cinco nomeados, apenas por cinco vezes as nomeações do Sindicato coincidiram a 100% com as dos Óscares.
Para as primeiras votam mais de 16 mil membros, enquanto o comité dos realizadores da Academia tem 394.
Onde o DGA se tem revelado um dos mais seguros prognosticadores é no vencedor: desde 1950, apenas 7 não ganharam a seguir o Óscar.
Foi isso que aconteceu quando Anthony Harvey ganhou o DGA com "Um Leão no Inverno" e o Óscar foi para Carol Reed por “Oliver!” (1968); Francis Ford Coppola foi distinguido com "O Padrinho" e o Óscar foi para Bob Fosse por “Cabaret, Adeus Berlim” (1972); Steven Spielberg recebeu por "A Cor Púrpura" e a Academia preferiu Sydney Pollack por "África Minha" (1985); Ron Howard ganhou com “Apollo 13” e Mel Gibson foi escolhido por “Braveheart - O Desafio do Guerreiro” (1995); Ang Lee recebeu com "O Tigre e o Dragão" e perdeu depois para Steven Soderbergh com “Traffic - Ninguém Sai Ileso” (2000); e Rob Marshall foi distinguido por “Chicago” e a Academia optou, num dos grandes choques da sua história, por Roman Polanski e "O Pianista" (2002).
Em 2012, aconteceu um caso único: Ben Affleck ganhou com "Argo" e nem sequer foi nomeado na categoria para os Óscares, onde ganhou Ang Lee por "A Vida de Pi".
Este ano, os DGA também instituíram um novo prémio para realizadores de primeiros filmes, o que pode originar ainda mais surpresas.
Nesta categoria encontram-se o brasileiro Fernando Coimbra (“O Lobo Atrás da Porta”), o ator australiano Joel Edgerton (“Um Presente do Passado”), o inglês Alex Garland (“Ex Machina”), a americana Marielle Heller (“The Diary of a Teenage Girl") e o húngaro László Nemes (“O Filho de Saul”).
Os premiados serão conhecidos a 6 de fevereiro.
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