
Nos vários espaços do CCB, apresenta-se o projeto Metropolitana, nas diferentes formações, desde a orquestra clássica aos ensembles, passando pela orquestra de sopros e a Orquestra Metropolitana de Lisboa (OML), que é o “cartão-de-visita” do projeto AMEC, disse à Lusa o seu diretor executivo, António Mega Ferreira.
“A nossa missão é essencialmente artística e pedagógica. A OML é o cartão-de-visita, mas não é só. Nós temos uma importante vertente pedagógica com três escolas e um projeto em parceria com a Casa Pia de Lisboa”, realçou. “Hei de repetir até à exaustão: o que é a Metropolitana? ‘Uma orquestra e três escolas’”, sublinhou Mega Ferreira.
As três escolas são o Conservatório de Música Metropolitana, a Escola Profissional de Música e a Academia Nacional Superior de Orquestra (ANSO), havendo um acordo com a Casa Pia de Lisboa, que “vai ser renovado e aprofundado”, visando atribuir um diploma de frequência do respetivo curso aos alunos daquela instituição.
Em declarações à Lusa, o responsável afirmou que estão “muito apostados em consolidar o trabalho da ANSO, na sua dupla vertente pedagógica, como academia superior e artística, como orquestra académica, e atualizar uma série de procedimentos nas três escolas”. Mega Ferreira defendeu que “é necessário consolidar métodos de trabalho na vertente pedagógica” em prol de “uma normalidade” que se deseja e que a associação vive atualmente.
Relativamente à ANSO, a possibilidade de abrir um novo curso, adiantada à Lusa em outubro passado pelo diretor artístico e pedagógico da AMEC, o compositor Pedro Amaral, “foi posta de lado". O curso anunciado “não faz sentido na conjuntura atual, e foi abandonado, mas em velocidade de cruzeiro da associação, faria todo o sentido”, disse Mega Ferreira.
O responsável descartou também a possibilidade de extensões da Metropolitana a países lusófonos, nomeadamente Cabo Verde e Angola, que foi aventada em 2012. “Gostaríamos muito, mas temos de consolidar a situação aqui [em Portugal], com tanta solicitação que temos”, disse.
Há uma outra possibilidade no domínio pedagógico que está a ser estudada com o Instituto Cultural de Macau, que é a vinda para as escolas da Metropolitana, de estudantes de música daquele ex-território sob administração portuguesa. “Exige meios financeiros e estamos só a dar os primeiros passos nesse sentido”, acautelou Mega Ferreira.
Na terça-feira, o programa que é apresentado no CCB abre às 14:00 com o Duo das Percussões da Metropolitana, seguindo-se a atuação de pianistas e cravistas das escolas da Metropolitana e, às 15:00, inicia-se um programa de música de câmara protagonizado pelos alunos.
Do programa anunciado está ainda prevista a atuação do Coro da Metropolitana, da Piccola Orquestra Metropolitana, com alunos entre os três e os seis anos, da Orquestra Juvenil Metropolitana, com alunos de idades maiores, e ainda das orquestras Clássica Metropolitana e de Cordas da Casa Pia de Lisboa.
O programa encerra às 19:00, com a atuação das orquestras de Sopros, da Académica e da Orquestra Metropolitana de Lisboa, sob a direção Reinaldo Guerreiro, que foi um dos alunos da ANSO.
@Lusa
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