Em declarações à agência Lusa, Filipe Tavares, da organização, disse estar “muito expectante” quanto à edição deste ano porque o festival vai “recuperar o formato normal”, depois de “edições mais limitadas” devido à pandemia da COVID-19.

“Este é um festival completo. É um festival que não foca apenas num artista ou noutro, mas sim numa experiência total: desde o banho na praia, ao acolhimento, às acessibilidades, à experiência na zona de restauração e convívio”, afirmou.

Segundo disse, o festival tem uma “lotação muito limitada”, de cerca do “50% permitido por lei”, estando a organização à espera de 2500 pessoas por dia.

Do cartaz, constam nomes como Tito Paris, The Black Mamba, David & Miguel, Throes + The Shine, Silly, Victor Zamora e Emilio Moret, Adrian Sherwood, Pedro Tenreiro, Isilda Sanches, Laura & Pedro Mesquita, Novo Major e Milhafre.

“O nosso cartaz musical tem um caráter alternativo, um pouco fora do 'mainstream' e procura trazer algo diferente ao público local. Nós, como sempre, trabalhamos os ritmos quentes, os sons mais tropicais e a música do mundo e o jazz, o funk, o soul e o R&B”, assinalou.

O Azores Burning Summer, que venceu os Iberian Music Awards 2022 na categoria de Melhor Contributo para a Sustentabilidade, vai ter ainda “eco-talks” (conversas) e um “eco-market” (um mercado), ambos dedicados à sustentabilidade.

“A vertente ecológica do festival nasceu em 2015, logo após a realização da primeira edição. Constatámos que o impacto do público em termos de resíduos era bastante elevado e não queríamos continuar a perpetuar este tipo de comportamentos”, lembrou.

E acrescentou: “Iniciámos uma caminhada exemplar, de sermos uma espécie de farol na implementação de medidas sustentáveis em eventos, e também adicionámos uma programação que pudesse alargar esse conhecimento relacionado com a ecologia e o ambiente”.

Este ano, o festival conta com “duas novidades”, entre elas o programa de saúde comunitária Vive, para incentivar o “indivíduo a ser um agente ativo pela sua própria saúde”, que vai organizar sessões de teatro na comunidade, aulas de yoga, de respiração, de zumba e pilates e formações nas áreas da nutrição, da sexualidade e da medicina natural.

A outra “novidade” é o programa Habitat que pretende “fortalecer o sentimento de pertença”, enaltecendo “a história, as vivências, as tradições e o património cultural e natural” do Porto Formoso, freguesia do concelho da Ribeira Grande, na zona norte da ilha, que acolhe o festival.

“Pretendemos reforçar o sentimento de pertença e desenvolver o gosto pelo local onde se vive, criando um jantar com uma espécie de conversa/palestra sobre temas locais e falar do património arquitetónico e natural do Porto Formoso, para que as pessoas tenham mais conhecimento e orgulho na caminhada da freguesia”, concluiu.